segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

"Vou para a terrinha..."

Snif...
Queria nesta altura do ano, não ser original. Queria ser igual a tanta gente... Viver a asáfama de uma viagem e dizer “pois, não vou cá estar... vou para a terrinha”. Seja a terrinha, uma simples terrinha, ou uma cidade fora deste espaço. Sim, adoro Lisboa e tudo o que ela simboliza... Mas ir para a terrinha? Faz-me tanta falta... E faz-me falta porque em tempos fui para a terrinha... E para lá fui até aos meus onze anos... E faz-me mais falta hoje do que há uns anos atrás porque as memórias são cada vez mais distantes...
Muito embora a família da minha mãe seja muito unida, nesta altura do ano fazem-me falta os meus avós. São eles as personagens principais dos natais da minha infância. Recordo-me de todos os rostos dos presentes nas ceias de Natal porque sei que era tradição lá estarem, mas dos rostos dos meus avós? Lembro-me tão bem... tenho a imagem do meu avô de roupão castanho sentado, já muito velhinho, ao centro da mesa, que não era costume, já que ele se sentava sempre à cabeceira. Da minha avó? O sorriso... de lábios finos, boca rasgada... a ver a alegria dos netos...
Que Saudades...
Será que vocês me lêem na blogosfera?
Claro que não, que palermice...
mas sei que me vêem...
no início do ano quando vos visitei falei interiormente com vocês...
hoje falo outra vez...
Desculpem-me se vos desiludo todos os dias, se não sou aquele ideal de neta que vocês desejavam... somos muitos netos, eu sei... mas sinto que vos falho todos os dias... Ai! Se vocês estivessem cá... Se vocês me lessem... não, não só o que escrevo, mas tudo o que digo e sinto, o que não digo e não faço, decerto ficariam desiludidos...
Quero apenas dizer-vos que conseguiram passar-me o que para mim é mais importante que tudo.
Vocês e os meus pais deram-me o melhor presente do mundo.
Entendo o amor, sinto, amo e vivo para amar e sentir.

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