segunda-feira, 30 de março de 2009

palavras

Se o que escrevo conseguir chegar aí
Se for essa a única forma de ouvires
Então escrevo...

E escreverei até que uma palavra
uma frase, ecoe dentro de ti
E te lembre de despertar
desse pesadelo que teimas
insistes em não abandonar

Se por aqui conseguires ter um dislumbre
daquilo que escondes por receio de assumir
daquilo que foges por não querer sentir
Então escrevo...

E escreverei mesmo que me doa
mesmo que sinta que nunca irás ouvir
Porque acredito...
Teimo em acreditar...
que todos os corações pedra
um dia quebram...
e quando se partem
deixam à vista
o seu núcleo
que ainda bate
mostrando
ao mundo
o melhor de si

Coloca carapaças, máscaras, massas,
se isso servir para te proteger...
Mas permite a possibilidade da quebra
mesmo que te traga alguma dor

Se procuras conforto
É em ti, no teu centro
que está o maior calor

domingo, 29 de março de 2009

Feeling Blue

Gosto de ficar assim às vezes…
Melancólica, aparentemente triste
Ouvindo pelos headphones músicas imponentes e tristes

Digo Triste, sem tristeza
sem qualquer mágoa
sem qualquer rancor
A palavra triste deixou de ter há já algum tempo
Para mim…
Uma conotação triste

Tristeza…
Os artistas de Jazz chamam-lhe de blues


Azul é calma
Reencontro com sentimentos escondidos
A descoberta da alma…

Azul é planar…
Numa doce e elegante viagem
Atravessando vários estratos de céu
vários estádios de emoções
Olhando de tão alto…
Vendo com olhos de falcões…

O mundo lá em baixo
Somos nós…
E o falcão apenas foca as presas
Os lugares escondidos dos nossos corações

Gosto de ficar por momentos assim…
Blue

Porque no meu blue sorrio para dentro…
Encontro a minha caixinha de emoções…
Acarinho os momentos doces
Reencontro recortes quase perfeitos
Do meu álbum de imagens e memórias
Impossíveis de encontrar no exterior

Feeling Blue é aconchegante
E mais aconchegante o é por sentir que em mim
na minha, intitulada por outros tristeza,
me encontro, me acalmo
e abro os olhos
com umas novas lentes



(há um ano quando começava a aperceber-me que a partida do meu pai estava para breve, ouvia enquanto escrevia os meus posts algumas músicas continuamente – Darcy’s Letter, Liz on top of the world, Stars and ButterFlies, That next place, Freedom The Execution BannockBurn. No sábado em que senti ser a última vez que veria o meu pai sentei-me à frente do computador coloquei em modo repeat a música ‘Freedom The Excecution BannockBurn e fiquei quase duas horas a olhar para o computador e apenas consegui escrever uma frase (Amo-te muito meu Pai). No dia seguinte soube que falecera e por alguns dias não ouvi música, não escrevi. Passada uma semana comprei o cd dos portugueses “Classificados” e durante um mês e caso raro, esse cd tocou ininterruptamente no meu carro. Eram as únicas músicas que conseguia ouvir. Não tinha tempo, nem me permitiam estar triste. Dei-me esse tempo até estar preparada para me sentir. Quando voltei a ouvir as músicas que me acompanharam durante os meus momentos tristes e de interrogação, ao invés de me deitarem deste pedestal abaixo, aconchegaram-me o coração, fizeram-me olhar para dentro, encontrar-me e aos meus. Hoje escrevo ao som de Darcy’s Letter e voo… São as nossas músicas… O nosso encontro longe dos olhos dos outros… Um lugar que ninguém invade… que é puro… que é meu e teu… e acalmo, sorrio, vejo o brilho e encaro o amanhã não como mais um dia, mas como um presente nosso para viver um amanhã pleno de bagagem interior, de recordações, aprendizagens e emoções. Um presente dos céus)

sábado, 28 de março de 2009

As palavras que nunca te direi

Por falta de momento...
Por falta de ocasião...
Por as nossas vidas nunca se terem cruzado...

Gostava de invadir a tua casa e dizer-te:
"Anda, não me conheces, mas vim buscar-te para passearmos ao sol"
Sei que não me acharias uma ameaça e que nos meus olhos encontrarias vontade e quem sabe forças para sair de casa.

Gostava de te dizer a peça importante que és no teu nucleo fechado e alargado
Sei que vindo de mim, um ser estranho, essas palavras seriam de uma força gigante

Gostava de te dizer que o teu pequeno anjo nunca estará sozinho
E sem saber como nem porquê, sei que hoje acreditas nisso

Gostava de te dizer que é tudo tão maior do que aquilo que reconhecemos
E tu, anuirias com a cabeça em sinal de compreensão

Gostava de te dizer que nenhuma luta por amor é em vão
E tu, aí bem dentro, sabes do que falo e das guerras que continuas a vencer mesmo quando te sentes fora de mão...

Sei que acreditas, que acreditas em algo maior.
Uns acreditam em salvação fisica, uns nem isso.
Tu acreditas nos dois, porque tanto um como outro são PAZ, AMOR e LUZ.

Que grande que tu és...
Que admiração que provocas...
Em mim, mesmo não te conhecendo estarás sempre presente, como um exemplo de força, garra e crescimento.

Tens o nome que darei a um segundo filho se for menina, o nome da minha avó.

E sim...
Não digas nada...
Eu prometo que acompanho, que vou estar sempre à mão, de coração.

Imagina uma viagem de avião


A simpatia no acolhimento quando entramos num Boeing
(como a receber-nos num meio que não é nosso)
A procura do nosso lugar
(como a procurar o nosso caminho)
A desilusão por ficarmos junto à janela, mas por cima da asa
(a primeira desilusão por não nos ser permitido ver um pouco do nosso caminho)
O encaixar a bagagem de mão no compartimento mesmo em cima
(a tentativa de na organização encontrarmos a nossa pequena segurança)
Sentados, sem vista do caminho, revistas e jornais enfiadas no bolso do banco
(a necessidade de distracção, leva-nos ao conhecimento imposto e por vezes irreal, a definição exacta do termo distracção)
Sentados a observar pelo canto do olho a arrumação dos passageiros tardios
(a sensação de cumplicidade com pessoas diferentes que por algum motivo, se calhar até parecido, partilham o mesmo caminho)
A espera pela organização da tripulação
(porque há sempre alguém que nos guia, apoia, aconchega e nos satisfaz as nossas necessidades básicas ao longo de uma viagem)
A apresentação em vários idiomas do piloto do avião
(porque É sempre o mesmo que nos guia, e nós temos várias religiões, crenças e interpretações)
A breve formação exageradamente gesticulada dos cuidados e regras de voo
(tópicos de livros seculares que muito resumidos se tornam aceites por todos, com adequação à máquina de voo. Só nos levantamos e apertamos o cinto quando quem nos guia o permitir)
O arranque dos motores…
(o - É agora…)
O endireitar a cadeira e a ligeira tensão do avançar do avião cada vez mais rápido
(a fé no guia, a esperança do destino, o receio da partida, a dificuldade de desprender do chão – a nossa segurança)
A turbulência do avião a largar o chão
(a adrenalina e em breves segundos a plena ausência de pensamentos que normalmente nos parecem dramáticos)
A desaceleração e a sensação do avião a planar ao mesmo tempo que recolhe as rodas
(a confirmação de confiança no Guia, o começo do relaxamento, a volta dos pensamentos não dramáticos – ficaram em terra -, dos pensamentos de curtir este tempo, esta viagem, sonhando com a previsão de momentos no local de destino)
O sinal sonoro de desapertar cintos, o começo do rodopio para as minúsculas casas de banho
(após o aperto, as primeiras escolhas humanas são a satisfação das suas necessidades fisiológicas)
Ao mesmo tempo que o sinal de desapertar os cintos soa, as cortinas da primeira classe fecham-se
(quando aperta o cerco todos somos iguais, assim que a crise desaparece começam as diferenças)
O vizinho do lado não atento à breve formação pergunta – Quando servem a refeição?
(a ‘outra’ necessidade acorda e mesmo prevendo que o snack ou refeição não sejam nada por demais, a necessidade de aconchego físico aumentam a ansiedade)
Começa o baixar das improvisadas mesas e aguardando pacientemente a nossa vez, entregam-nos com um sorriso a bandeja do conforto
(o sorriso, a oferta acalmam qualquer momento)
Abrimos efusivamente as embalagens, o mistério, na busca do conteúdo
(se esperarmos demais de algo que é apenas um aconchego, um conforto, facilmente ficaremos desiludidos)
Segunda volta – Tea? Coffee?
(mais um sorriso, mais uma oferta, a conclusão do aconchego surpresa)
Começa a recolha de tabuleiros e o reclinar de cadeiras
(começamos a ver que mesmo partilhando o mesmo caminho e destino, existem diferenças, mesmo fora da primeira classe)
O vizinho do lado dorme, a criança do banco da frente fala, o casal atrás namora, mais à frente alguém lê um jornal, mais ao lado duas senhoras conversam sem parar
(todos encontram diferentes formas de percorrem um mesmo caminho)
Poços de Ar!!!
(voltamos todos a ser iguais, a ter os mesmo receios, podemos mesmo chegar a dar a mão e partilhar a nossa força com completos desconhecidos)
A calma, o alivio de sentir o avião novamente a planar
(o ufa! O breve comentário para o lado da experiência partilhada, o largar da mão, e lentamente, o desapegar da união, recomeçando as diferenças)
O comunicado do comandante do avião a informar que estamos quase a chegar ao destino, a informação da temperatura
(esquecimento e começo de desmame de quem connosco fez a caminhada. Alguns tiram peças de roupa se o destino está mais quente)
O sinal sonoro de apertar o cinto, o início da descida
(Novamente a fé no guia, a esperança do destino, o receio da chegada, a vontade de chegar ao chão, que nos lembramos ser a nossa segurança. Mas desta vez, o chão também nos assusta)
A turbulência do avião a descer, as rodas a tocarem com força no chão, a desaceleração e a travagem
(a adrenalina, a plena ausência de pensamentos mundanos, a alegria pelo voto de confiança no Guia, o começo da sensação de Casa, mesmo num destino completamente desconhecido)
As filas de gente e malas que incomodam com as portas do avião ainda fechadas, que se enfiam no corredor mesmo vendo não existir espaço
(A espera misturada com ansiedade, no final do caminho, é como bicho esfaimado. Salve-se quem puder… Todos os acontecimentos passados parecem irrelevantes, todos se esquecem da lição, companheirismo, partilha de força e energia, e breve cumplicidade)
A primeira classe sai, como o nome indica, primeiro
(mais uma vez, na acalmia as diferenças surgem, e os normalmente menos ansiosos com o destino, por ser banal, corriqueiro, fácil saiem primeiro. Não é esta a sua grande viagem… Normalmente até trazem pouca bagagem)
Chegados aos tapetes rolantes, procuramos a bagagem
(mais uma vez a espera, desta vez daquilo que dizemos ser nosso e que depois da turbulência, das ansiedades, de toda a necessidade de adaptação, depois do primeiro conforto ao sentirmos terra – que reconhecemos -, o conforto em sentirmos que com a nossa bagagem nos sentimos nós, seja lá de que jeito for… mas é o jeito que reconhecemos)
Perder a bagagem?
(não é drama… depende do apego que temos às coisas ou a nós)
A chegada à porta pública de chegadas do aeroporto, meio mundo concentra-se
(todos temos sempre alguém à nossa espera, mesmo que não o saibamos, mesmo que não estejam naquele preciso lugar, mas num outro. Ficamos enternecidos com reencontros carinhosos de outros, sorrimos com a alegria e efusividade de outros. Nem que a nossa recepção seja o sorriso de felicidade da recepção daqueles que partilharam connosco um nosso caminho).


Conclusão:
Todos temos o mesmo destino
Todos o percorremos de forma diferente.
Podemos fazê-lo sozinhos ou acompanhados.
Mas quem não o faz de coração aberto, quem não o sente, quem não o valoriza e não aprende, terá de repeti-lo tantas vezes até que o consiga sentir em pleno.


Pic: josteih

quarta-feira, 25 de março de 2009

LUZ

Aceita a minha força como uma pequena miragem daquilo que podes alcançar

Aceita o meu sorriso deste último ano como um exemplo do que é o ultrapassar

Aceita a minha paz como um momento, um acompanhamento de um teu passo para a alcançar


Abre os olhos e vê...

Acredita naquilo que hoje não queres acreditar...
Acredita na pureza dos momentos doces ou duros...
Todos, tudo nos acontece para nos ensinar...

Não existe o conceito sorte ou azar
Existe sim aquilo que não conseguimos explicar:

AMAR

Que VIVE para além da vida, da morte
Vive em qualquer lugar...
Não existem cortinas que a escondam
Só olhos e corações teimosos que teimam em não enxergar

VÊ, ADMIRA, SENTE, APRENDE, ACREDITA

Vê nos meus olhos o reflexo dos teus
Vê-te...
Luta pela pureza que em ti existe...
Que escondes, empurras para um canto...
Desvalorizas como se fossem trapos...
Os trapos para os mendigos são tão importantes...

Vê...
Olha pela tua janela e procura o TEU lugar em TI

A minha janela está aberta para tudo o que quiseres experimentar
É só teres vontade e coragem de espreitar...

terça-feira, 24 de março de 2009

Lua

Oh lua…
Não entendo como compreendo
Como aceito a estranheza
E de soslaio sorrio
À mais estranha coincidência

Oh Lua…
De todos e não apenas minha
Explica-me…

Percebo que o bonito não se explica
Mas tenho uma insaciável curiosidade…

Qual é a lição que tenho de tirar?
A de aceitar tudo arrebatada, sem filtrar?
Aceitar tudo e não apenas aquilo que escolho aceitar?
Deixar de conquistar por desejo ou vontade…
Conquistar sem esforço, sem dor, ardor ou mágoa?

Qual é a missão que tenho de perseguir?
Acalmar os habitantes da redoma?
Equilibrar os pratos da balança?
Os meus e de todos eles?
Sorrir?
Sim…
Sinto que os meus lábios são a ferramenta do meu ofício…
Apaziguar a redoma nova e afastar a poeira da antiga?
Sei que ela existe, a antiga….
Vi por uma ténue brecha que existe…
Mas, não encontrei nessa breve imagem
Uma das luzes que agora, por cá existe…
Dá-me mais uma brecha, um flash ou aquilo que lhe chamas
Quero entender uns olhos…
Quero encontrar uns outros…
Quero sentir-me perto de todos…
E entender…

Será que a lição é aprender a ser paciente?
Viver com fogo, sem queimar nem deixar arrefecer?
Será que a missão é encontrar-me a mim e não aos outros
Sem os esquecer e procurar-me pacientemente?
Será que o sorriso afinal não é única ferramenta?
Que a força, a calma e o discernimento são pedras preciosas em bruto por lapidar?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Quem és tu?


Quem és tu?
Que me olhas no meio da multidão e me reconheces
Que com os teus olhos fixos nos meus
Pões o mundo ao nosso redor em câmara lenta

Quem és tu?
Que me fazes sentir num segundo longo, parte de ti
Que mergulhas no meu olhar sem pedir licença
Que navegas no meu mar revolto e o acalmas num momento

Quem és tu?
Que me diz sem dizer que estivemos juntos em algum lugar
Que mostra no olhar que algum dia tínhamos de nos encontrar
Que apareces e num fragmento de segundo mudas tudo...
Tudo...
Retiras-me um pouco da minha força
Balanças o meu admirável mundo
Prendes-me no olhar
Tornando aquele segundo inesquecível
Registado a laser no meu olhar
num retrato dos contornos do nosso olhar
E me fazes questionar...

Quem és tu?



Pic: Forgotten-Myth

quarta-feira, 18 de março de 2009

Lágrimas de dúvida


Se procurar, não sente a falta
Se não procurar fecha-se, esquece e desiste

Se há jogo não é genuíno
Se não jogar, perde-se, desaparece, não resiste

Se está perto, bate forte, vive
Se não está, segue em frente e esquece

Fazer tudo por amor ou não fazer nada
Hoje parece ter o mesmo resultado

Lágrimas de dúvidas que cintilam
agarram-se aos olhos e não caiem

A Lua só é Lua quando o Sol existe...
O nosso mundo sem eles não resiste...

A Lua está cansada de procurar e não ser procurada
Depois de Armstrong, do momento da conquista
vive na ilusão do regresso daquele que teve a ousadia
de um dia em seu terreno virgem de amor pousar

As lágrimas que segura...
Prendem-se com a esperança
Que não chegue o dia em que desiste...



Catedral - Zélia Duncan:

"O deserto que atravessei
Ninguém me viu passar
Estranha e só
Nem pude ver que o céu é maior

Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar

É deserto onde eu te encontrei
Você me viu passar
Correndo só
Nem pude ver que o tempo é maior

Olhei pra mim
Me vi assim
Tão perto de chegar
Onde você não está

No silêncio uma catedral
Um templo em mim
Onde eu possa ser imortal
Mas vai existir
Eu sei, vai ter que existir
Vai resistir nosso lugar

Solidão, quem pode evitar?
Te encontro enfim
Meu coração é secular
Sonha e desagua dentro de mim
Amanhã, devagar
Me diz como voltar

Se eu disser que foi por amor
Não vou mentir pra mim
Se eu disser deixa pra depois
Não foi sempre assim

Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar"




Pic: Darkenlite

quinta-feira, 12 de março de 2009

Flutua

O Estar bem é relativo...

O Estar bem é definido apenas pelo intervalo superior do acumular de sensações que experimentamos e reconhecemos

O meu desejo?
Que vivas...
Que olhes para dentro e te sintas...
Que olhes em volta e ames o mundo...
Que tenhas tempo para te amar
E amando, te entregues com amor a quem te quer constantemente mimar

Que inspires um ar novo, sintas novos aromas...
Que toques...
Que sintas o sol a aquecer-te a face e agradeças esse conforto
Que olhes para lua e te lembres que ela olha por ti sempre
Que sonhes acordado, durmas descansado

Que estejas sempre melhor que o teu Estar Bem Relativo
Que rebentes constantemente a escala, sempre para positivo
Experimenta, sente, ouve, aprende, diz tudo, ensina
O mundo está a aguardar há muito por esse momento

Sabes qual é a chave do enigma?
A chave que nos faz acreditar que tudo é possível?
Não tem 1024 nem 128 bits...
Não está sequer encriptada...
Muito embora inexplicável e imensurável
Sabemos que existe...
Sentimo-la...
Acreditamos nela...
Enchemos a boca para a dizer...
Encrava-se quando queremos e não a conseguimos dizer
Descomprimimos e sentimo-nos plenos quando a dizemos
Já sabes?

:)

Se acreditas no AMOR, acreditas em tudo o resto.

domingo, 8 de março de 2009

Caixinha de musica



Abro uma caixa imaginária só para a ver rodar, a dançar
na minha cabeça uma caixa de música que nunca tive
a tocar uma música que me fala, sempre me falou e embalou

Aonde será que a ouvi?
Tenho a sensação que foi o meu pai que me a mostrou...
Não me recordo de em algum momento a ouvir lá em casa...
Mas tenho a nitida imagem do meu pai a dizer "Claire de Lune"...

Por alguma razão o meu anúncio favorito é o do Chanel n.º 5 com o Claire de Lune de fundo...

Hoje, agora, com mil e um pensamentos a rodar a mil e um à hora, depois de uma semana e meia de adrenalina total de sensações, de excesso de informação, de sinais a dizer "pára", de sinais a dizer "vês?", de peças de puzzle que por muito que se encaixem, provocam-me cocegas no nariz de duvidáveis e questionáveis, a unica musica que me relaxa, que me permite libertar algumas palavras é esta, que em segundo plano no YouTube toca em replay...

Não estou a conseguir digerir nem um quarto, não me sinto em paz, não me sinto um caco, mas estou... tão... baralhada...
Fujo de pensar, tento abstrair-me, pensar que todos os pensamentos que normalmente e positivamente tenho, são verdadeiros... mas hoje estou triste, meio perdida, meio enfim...

sábado, 7 de março de 2009

8 de Março

Parabéns a nós
Por existirmos
Por amarmos
Por nos encontrarmos
Por nos mostrarmos como realmente somos

Parabéns a nós
Por aos poucos quebrarmos barreiras
mostrando que o amor é mais forte que tudo
mesmo que por vezes pareça impossível, incompreensível e incrivelmente estranho

Parabéns a nós
Por amarmos, mesmo com receio
Por estarmos, mesmo quando não estamos
Por acreditarmos mesmo quando não cremos

FELIZ DIA DA MULHER

Xis

Racionalizar tomando um ponto de interrogação como incontornável, assumindo-o como uma regra, como assumimos o número 1, torna tudo um pouco mais compreensível, pelo menos naquilo e até ao limite daquilo que nos é permitido compreender.

Vão-se quebrando barreiras de conhecimento, vamos apreendendo cada vez mais, vamos tendo mais pontos de interrogação incontornáveis, para os quais não encontrando uma razão, assumimos mais uma variável e avançamos.

A fórmula de nós, por sermos nós, enlenhados numa procura da variável principal, é uma infinita referência cruzada cheia de intermináveis variáveis, porque não sabemos, não nos é permitido saber, o valor do xis.

domingo, 1 de março de 2009

Anjos

Se existem anjos a descer à terra, que ser sobe até lá e é especial?
Os anjos que desceram à terra, perderam as suas asas e lutaram para a sua casa encontrar?
Como o filho pródigo que à sua casa regressa e é recebido de braços abertos?


Em resposta a:
"In heaven, an angel is no one in particular." - George Bernard Shaw

...

Tudo aquilo em que hoje não acreditas, existe
O simples facto de pensares, comprova a sua existência