quarta-feira, 31 de março de 2010

Às vezes pode ser tarde demais...

Estou em guerra com as palavras que saiem da minha boca...

Mostro diariamente à minha filha que nunca é tarde para nada, que tarde ou cedo tudo acontece, que quando existe amor o amor acontece, as pazes fazem-se, aqueles que nos marcam se reunem... Ainda no outro dia dei-lhe o maior e melhor exemplo quando falávamos sobre as suas suaves brigas com os seus amiguinhos. Contei-lhe que um grande amigo de infância de quem nada sabia desde os nossos 11 anos de idade, que me encontrou no facebook, me tinha escrito um email a pedir-me desculpa, passados vinte e quatro anos, de todas as maldades que me havia feito. Expliquei à minha princesa que fiquei surpreendida com o email, porque... as pequenas maldades que ele havia feito eram minimas comparando com a amizade e cumplicidade que sempre tiveramos e que ele nunca me tinha marcado negativamente, muito pelo contrário. Mas que ele necessitara de me escrever porque não se sentia totalmente limpo. Um pedido de desculpas que para mim era desnecessário, mas que, para ele, pelos vistos era tão importante. Aceitei-o, mas disse-lhe exactamente isso, que ele para mim era uma das minhas melhores recordações de infância e que o seu email me dáva a justificação para este sentimento, porque as suas palavras confirmavam a beleza que sempre havia visto nele, mesmo quando ele fazia das suas. Amizade é isto. Não importa o tempo... Importa sim a pureza de sentimentos. A capacidade de ver o melhor do outro quando ele não se encontra nos seus melhores dias, a capacidade de pedir desculpa, mesmo que com um hiato de tempo gigante, a capacidade de mesmo que não se saiba o que perdoar, de aceitar, para que o outro possa descansar...
E com isto digo que nunca é tarde demais...

Mas ontem, da minha boca proferi a frase "Sabes que às vezes pode ser tarde demais..."

E hoje relembrando-me, fiquei baralhada...


[recordei os meus ensinamentos para a minha mais que tudo e refiz-me das dúvidas que me inundavam]

Mas tarde demais para?
Amar? Nunca....

Se Amar for puro e não persistente, nunca é tarde... nunca...
Quem amarmos no futuro responderá com um hiato de horas, dias, meses, anos:

"Não é tarde... Vê..., só agora amanhecemos... temos o resto do NOSSO TEMPO pela frente"

A resposta está lá, sempre...:
"Mostro diariamente à minha filha que nunca é tarde para nada, que tarde ou cedo tudo acontece, que quando existe amor o amor acontece (...)"

sexta-feira, 19 de março de 2010

SMS (longa) Além-Mar

Tiro a barriga de misérias hoje, quando deveria estar a fazer o trabalho do colégio da minha filha… mas é mais forte que eu… o trabalho fica para amanhã, as mensagens ficam para hoje, não querendo tirar a importância do meu post mais importante de hoje, o do meu pai. Mas de súbito tudo se tornou importante… E a carta além mar tem de partir hoje, para breve lá chegar.
Estive ausente daqui, também de mim, na esperança de conseguir sobreviver sem escrever. Tipo, agora é a minha vez. Descubro que escrever faz parte de mim, que me alivia, que me faz sentir-me e encontrar-me, que é como um membro que não consigo auto-decapitar.
Estive ausente muito tempo, nem consultei os mails do blogue e descubro que hoje, quando retorno, tenho uma mensagem enviada hoje de além-mar.
Também eu muitas vezes me questiono porquê? O porquê de pedras no caminho… Quando supostamente não deveríamos receber tais presentes. A minha reacção normal? Deixo de questionar, tenho de atravessar. Se é uma prova? Não sei… Acho que se pensarmos nisso damos mais razão para as pedras continuarem a existir. Sei que não é fácil, nada é fácil… Imagino que seja doloroso… que nos faça tudo questionar… há muita coisa que não entendo… mas acredito que todos procuramos a nossa paz… e no meio dessa procura passamos todo o tempo em guerra para a encontrar… Se é assim, nunca a iremos encontrar… Mas também sem a existência da guerra nunca saberíamos o que seria a paz. A mente humana é assim. Um quebra-cabeças por desvendar. Quero acreditar que o quebra-cabeças tem solução. E acredito que a chave se encontra na conjunção e equilíbrio perfeito entre a nossa essência e o nosso coração… A frase é “Mente sã em corpo são” e não “Corpo são em Mente sã”. A prioridade está descrita, na mente, no coração.
Não pergunte…
Eu também tento não o fazer… Tento…
Agarre nesta nova batalha com um sorriso, consciente da pureza do seu coração… Siga em frente, acredite em si, acredite no amor que o rodeia, na pureza dos seus actos… e não desista, viva!
Já viu a sorte? O mundo avança e cá estamos nós a dar todos mais um passo, mais um dia, a tornar o dia de outros mais doce, porque sorrimos, porque estamos, porque não baixamos os braços e lutamos por aquilo em que mais acreditamos.
No que acredito mais? Não querendo parecer uma candidata a miss USA, no Amor… É ele, o nosso amor por nós em comunhão perfeita com o nosso amor pelos outros, que comanda a nossa Vida.
Um abraço quente daqui para aí.

Feliz dia Meu Pai



Estive tanto tempo sem escrever e logo hoje são dois posts... Depois do Abismo, não posso deixar passar esta data:

Hoje que é dia 19 de Março, dia do Pai

Pai:
Adoro-te, adoro-te, adoro-te...
Houvessem mais expressões que pudessem descrever na perfeição aquilo que és para mim, encheria um livro, as paredes, o céu de palavras e sentimentos que te descrevessem na perfeição. Fico feliz por ver que tantos dizem que o seu pai é o melhor do mundo, feliz por ver que há tanta gente que teve a mesma sorte que eu. Mas sabes? Vou contar-te um segredo, que não conto a mais ninguém para não me acharem presunçosa... Tu, tu meu pai, não és só o melhor pai do mundo... tu és o melhor homem do meu mundo... sabes e eu agora sei de alguns dos teus defeitos... e? Tu também, agora mais do que nunca, sabes dos meus defeitos melhor que ninguém. E continuas aí, e eu aqui... ligados, cada vez mais, num feixe de amor continuo que eu sei que nunca irá terminar. Não quebra, não quero que quebre, sei que nunca o irás quebrar. E não tenho saudades. Acredito em ti. Acredito que para sempre estaremos ligados. E é por isso meu pai que eu sei que TU és o melhor PAI de todos os sistemas planetários.
Sentes o meu abraço?
Eu?
Sinto um arrepio a subir-me pela espinha a apanhar-me as omoplatas que se mantém umas vezes mais frio, outras mais ameno... Frio, frio... e se sorrio mais fria fico...
Beijos doces meu pai. És lindo...

Abismo

Estas últimas semanas têm sido emaranhadas.
Uma teia de emoções, sensações e hábitos nunca experimentados.
Aprendizagens…
Só posso contar comigo e se sonhar nesta fase tenho de ser comedida, para não cair pelo precipício abaixo. Descobri que estou na berma…
Posso olhar em frente, saborear a doce brisa, abrir os braços, deixar-me sentir ali, quieta.
Posso sentir que em frente tenho o mundo todo, o admirável mundo e saboreá-lo.
Não posso olhar para baixo… as vertigens desequilibram-me…
Não posso olhar para trás, o movimento destabiliza-me…
Posso dar um passo atrás, sem nunca olhar para baixo.
Posso ver o admirável mundo um pouco mais longe, um passo atrás…
Posso ficar ali parada e deixar-me admirar por tudo sem nada tocar…
Ou posso ser destemida e saltar…
Paro para olhar.
Não somos nós que conquistamos o mundo é o mundo que nos conquista com o nosso olhar.
Não precisamos de saltar, de ser destemidos com a ânsia de algo agarrar…
Não há nada para agarrar… a não ser em nós próprios.
Somos nós que não podemos deixar cair a essência mais preciosa, o nosso olhar, a nossa capacidade de ver o mundo em múltiplas cores, admirável…
É ele que nos faz construir as nossas estradas e ao vê-las acreditar num novo caminho.
É esse olhar que irá mostrar-me que afinal não estou na berma…
À minha frente está uma estrada transparente que me leva a algum lugar…
Basta acreditar no nosso olhar, na capacidade que temos de sentir as coisas mais incríveis, e ter a firmeza de dar um passo após o outro e caminhar, caminhar…

domingo, 7 de março de 2010

Para ti

Esta é para ti em resposta ao Para ti

Se cada dia é um recomeço, um inicio de um novo dia na nossa vida, gosto de pensar que é um “re” e não apenas um começo, porque sem os “re’s” a minha vida estaria apenas no início, no nada, sem o auto-conhecimento que é nos encontrarmos. Não sei e acho que ninguém saberá o que é uma vida sem nada, nem ninguém. É por isso que cada vez mais acredito em múltiplas vidas, que não há inicio nem fins, apenas recomeços. Tudo passa, tudo se resolve e hoje tenho sim a percepção que estou a arrancar num novo ciclo, como se renascesse. Ontem foi mais um fim, hoje um novo inicio com a mala menos pesada, mas cada vez mais cheia de amor, amor teu, amor nosso, amor meu, numa contínua busca não de felicidade, mas do meu eu, que me responde agora que a felicidade é relativa, varia de pessoa para pessoa, de momento em momento, e que sem me reconhecer primeiro não me responde o que me fará feliz. Por isso… procuro-me… encontro-me aos poucos, aprecio-me cada vez mais sempre que verifico que consigo manter o peso da mala, da minha consciência, menos pesado, mais leve. Aprecio-me… por ver que o meu coração não se aniquilou depois de tudo isto… de tanto trabalho muscular, agora com a mala mais leve, aumenta e aguenta cada vez mais ar. Qualquer dia voo… [sorrio] mas nunca para outro lugar. O ar que respiro é saudável aqui, neste lugar, onde tu existes, onde tenho a minha mãe, a minha filha e sabes? Mais uma mão cheia de doces amigos, que nunca me largam a mão… nunca…

Adoro-te, sabias?

Fazes parte de TODOS os meus dias.

És especial :) todos os dias.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Dreamcatcher

Como sabem os mais próximos, para aqueles que não tenho vergonha de admitir as minhas infantilidades ou delírios juvenis, sou uma aficionada da saga Crepúsculo, internacionalmente conhecida como Twilight.
Não sei o que me deu…
Não sei como tal foi possível, eu que me considero inteligente, ficar vidrada em quatro livros, os quais já li e reli, e de todas as vezes com igual fome, ficar vidrada nos filmes da saga, não me importando se seriam colados ou não à história original. Ficar apaixonada por toda a banda sonora instrumental, como se fosse uma das bandas sonoras da minha vida.
Como?
Será a minha sede por amor correspondido, será do vazio de amor intenso que sinto… O Dirty Dancing, que marcou a minha adolescência, ficou encandeado com o Crepúsculo…

E com esta a febre, a ouvir Alexandre Desplat, olho-me, e vejo-me, mulher, menina, que volta a sonhar por um amor maior, maior que a vida. Será possível? Penso no meu nick – Lua -, na ordem dos livros, penso na ordem de lançamento dos filmes e vejo como se encaixam na perfeição nas mudanças da minha vida. O Crepúsculo em 2008, a Lua Nova no final de 2009… O Eclipse será em Junho, para quando será o Amanhecer?

Parvoíces…
Parvoíces?

Tonta…
Tonta?