quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Choose love, choose love, love

"I choose to hide
But I look for you all the time
I choose to run
But I'm begging for you to come
I wanna break
But I know that you can take
I stay a while
To be sure that you're by my side
Oh, oh

Don't look at me, just look inside
'Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
'Cause I don't feel scared
Honey, if you care

I choose to find
Things that you left behind
I choose to stare
But I can take you anywhere
I wanna stay
But my soul leaves you anyway
Can close the door
And love, could you give me more

Don't look at me, just look inside
'Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
'Cause I don't feel scared
Honey, if you care

Choose love, choose love, love
Choose love, choose love, oh

Don't wanna hear, I wanna fight
'Cause this time I won't be wrong
And I can waste this precious time
Asking where do I belong
So let me know your love is real
'Cause this time you won't control
Tell me please, what do you feel
Do I have to save your soul

Choose love, choose love, LOVE"


Rita Redshoes

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Que todos os dias sejam Carnaval...

Para fazermos o que quisermos
Viver personagens e ninguém julgar ou levar a mal
Que todos os dias sejam Carnaval
Que todos se aceitem, sem pudores, tabus, sem criticas e análises
Que se olhem e se assumam sempre como diferentes
porque todos somos diferentes
A minha pequena vestiu-se de anjo com corninhos de diabinho
Por ser criança todos acharam giro e original
Por ser Carnaval ninguém levou a mal
Viva o Carnaval
(divertir e aceitar não é original, é essencial)


Pic: skywalker

mas...

Amar assim...
humanamente não parece suficiente

Anseio o momento em que me deito
desejando sonhos onde apareces
(é que nem sempre isso acontece)

Desejo que por momentos
os papeis se invertam
a realidade vire sonho
o sonho se torne realidade
e encontrar-te todos os dias
em carne e osso
e não semitransparente

Sentir-te,
ao meu lado para sempre
cheirar
o teu perfume único
ouvir-te
encantada durante horas
e ver-te
nos quatro pontos cardeais
em todo o lado
à minha frente

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Amar

Amar
é sem dúvidas acreditar
é sentir que em qualquer momento
num qualquer lugar
nos podemos sempre encontrar
no nada, no tudo
sem a necessidade
de ver, ouvir e tocar

Amo-te
como me amas a mim
não tenho qualquer dúvida...
apenas acredito...
mesmo não te vendo
mesmo não te ouvindo
mesmo não te tocando
no nada e no tudo
em qualquer lugar
encontro-te...
e sempre te sinto

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Caminharei na água

How long have I been in this storm?
So overwhelmed by the ocean’s shapeless form
Water`s getting harder to tread
With these waves crashing over my head

If I could just see you
Everything would be all right
If I could see you
This darkness would turn to light

And I will walk on water
And you will catch me if I fall
And I will get lost into your eyes
And everything will be all right
And everything will be all right

I know you didn’t bring me out here to drown
So why am I ten feet under and upside down
Barely surviving has become my purpose
Because I’m so used to living underneath the surface

And I will walk on water
And you will catch me if I fall
And I will get lost into your eyes
And everything will be all right
And everything will be all right



Storm - Lifehouse

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Cansaço

Parece que o mundo me força a ter força para caminhar e tomar mais decisões
Quando ainda forte me sinto vulnerável como consequência das últimas decisões
Cansada de puxar todas as carroças...
Assustada por ter de empurrar a minha monte acima...
Preocupada com vales que não prevejo

"Liberta-te das pedras Sardas... Torna-te leve... Voa como sempre voaste... Os vales serão planícies se tu acreditares"

Foste tu, pai, que falaste?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dia dos Namorados

Não me lembro de ter tido um único dia dos namorados intenso, onde jorrasse de felicidade, onde tudo parecesse perfeito...

Estranho, não é?
Ou será que sou demasiado exigente?
É que eu acho que não o sou...
Chego à conclusão que são poucas as pessoas que me conhecem verdadeiramente e que sabem o pouco que me contenta...

Preenche-me...
O coração acelerado na ânsia de um encontro...
A sensação de sintonia de dois corações acelerados...
Dois pares de olhos brilhantes que se sorriem ternamente
Gargantas engasgadas de tanto que se quer dizer
Resumidas intensamente na frase perfeita:
"Tu, completas-me..."

Adoro a surpresa...
Gosto da lembrança...

Prescindo...
De rosas por ser um cliché
De presentes apenas por ter de ser

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Almas

Pois não sei…

Confesso que nem eu própria compreendo e as únicas alturas em que sinto entendo é quando não me ponho a pensar nisso, não racionalizo…

Mas acredito que cada pessoa que se cruza no nosso caminho, se cruza por algum motivo. Não sou assim há muito tempo, tem sido o meu caminho que me tem tornado assim. Chamem-lhe evolução, auto-conhecimento, eu chamo-o de procura de nós, assimilação daquilo que não nos é transmitido socialmente e que as pedrinhas na calçada nos vão mostrando ao longo do caminho.

Comecei por conhecer há uns seis anos aquela que é hoje uma irmã para mim, que sem me dizer nada, sendo apenas como é, me foi abrindo janelas para um mundo que desconhecia e que ainda hoje achando incrível, aceito. O nascimento da minha pequena mudou-me e mostrou-me que o amor infinitamente crescente existe. Descobri depois que afinal existe sempre alguém que nos faz sentir especial, mesmo com defeitos, que nos faz sentir completos, puros e transparentes. Passado pouco tempo o meu pai ficou doente, e na sua prolongada doença de dois anos, em que a morte inicialmente me parecia um bicho assustador, comecei a encará-la como a grande porta, uma dádiva, para o meu pai. O meu pai partiu faz quase nove meses, mas não partiu verdadeiramente porque sinto-o sempre comigo. Sinto que, se não me tivesse cruzado com os meus amores, os que acabei de referir acima, se não tivesse passado por um décimo das ocorrências que aconteceram nos últimos anos, ainda estaria a tentar perceber a partida do meu pai.

Não pretendo saber tudo e muito menos mostrar aquilo que não sou, até mesmo porque eu não tenho verdadeira noção disso…

Não sei falar de almas, mas sinto que existem. Aliás, não conceberia hoje a minha vida sem a sua existência, pois ficaria o inverso daquilo que sempre fui… Seria uma pessoa verdadeiramente triste.

Encaro todas as encruzilhadas da vida como uma hipótese de crescermos, de nos tornarmos mais puros, transparentes. Mesmo que muitas vezes o medo nos prenda, nos assuste e nos faça sentir que não somos capazes. Sinto muito isso… Principalmente nos tempos que correm. O mundo parece estar louco! Pela minha filha, assusta-me, mas também por ela, tento não me esquecer, embora por vezes me esqueça, que todos somos fortes, muito mais fortes do que aquilo que supomos.

Almas… parece que estou sempre a fugir do assunto. Mas tenho uma enorme necessidade de me aproximar da história e costumes (a genealogia serve-me apenas para me encontrar no tempo e tapar alguns buracos) dos meus ascendentes. Ainda há pouco estava a ver casas para venda na terra dos meus tetra-tetra avós, que é a cinco horas de caminho de carro, daqui…
Mas mais estranho ainda é a enorme atracção que tenho pela Escócia. Gostava de ir à Escócia para ficar em silêncio, estranho não é?

Se já nos encontrámos… Quem sabe?

A partir do momento em que vejo num amigo meu imensos traços de personalidade do meu pai, que me torno amiga de uma pessoa que desconheço e que se torna no meu maior anjo protector, que reconheço uma casa e mais tarde venho a saber que era da minha avó, que conheço tios que sempre desconheci e sinto que os conheço desde sempre na minha vida, e que o tempo, o mundo me mostra diariamente que contra tudo o amor existe e persiste, vejo-me mais do que obrigada, a aceitar…

Não há coincidências...

Ainda há pouco o retrato da Gioconda chamou-me a atenção no meio de tantos ímans que tenho no frigorífico. Achei piada, parecia estar a sorrir para mim :)


Sábado, 7 de Fevereiro de 2009


Dom Noronha: Obrigada pela mensagem :)

Ver não vendo

Como explicar o inexplicável?
Como compreender o incompreensível?

No outro dia apanhei um valente susto com a minha filha
Seis horas de Porquês, de corrosão, de coração apertado
Horas de intensa introspecção, silêncio e interpretação
Que terminaram numa súbita, repentina recuperação
Como se o tempo fizesse rewind e voltasse horas atrás

Repensei em flash toda a minha vida, todas as escolhas
Tentei interpretar sinais, chamadas de atenção
Olhando-a pelo canto do olho, vigiando-a e protegendo-a
E desde aí que tenho ficado em silêncio, até hoje…

Hoje, dou graças ao Amor que existe entre Nós
Relembro-me do sentimento da presença do meu pai
Enquanto olhava para os seus infantis grandes olhos
Envolvida num cobertor, numa viagem alucinante, ao meu colo

Não reconhecendo fisicamente os olhos do meu pai nos dela
Sei que estava ali no meio, entre mim e ela
Dentro dela a olhar para mim, de mim a olhar por ela

Aninho-a em mim
Aninho-me nela
E sorrindo, não compreendendo
Sublinho o acreditar que nos protegem
Que mesmo não vendo, sinto
E sentindo, acredito…