domingo, 27 de setembro de 2009

Pulga

E a Pulga casou-se…
Peguei-a ao colo pela primeira vez, recém chegada da maternidade, tinha eu seis anos.
E ontem casou-se.
E ontem, pela primeira vez num casamento, deixei que umas gotas de água e cloreto de sódio, aparecessem timidamente no canto dos meus olhos, numa luta entre a emoção e a futilidade de borrar os olhos excepcionalmente maquilhados para a ocasião.
O tempo passa a correr e sem querermos, preocupados com o sujeito, o tempo, esquecemo-nos de fazer aquilo que nos faz viver. Ser e lutar para sermos Felizes.
À miúda e pirralha mais eléctrica, mais bem disposta, mais simpática e contagiante um grande:
Continua Assim, Feliz

P.S.:
Não me custou deitar às seis da madrugada e levantar às dez, para ir para o aeroporto.
Não me custou o frenesim antes e após fabuloso casamento.
Mas agora estou v-e-r-d-a-d-e-i-r-a-m-e-n-t-e afónica e de rastos.
No próximo fim-de-semana descanso (digo isto em todos, mas enfim...)

sábado, 19 de setembro de 2009

Aviões e túneis de luz

Ausência...
Habituamo-nos, sobrevivemos, mas não esquecemos.
Até é um presente... Apercebemo-nos da importância do que nos é querido, com o vazio que subitamente nos provoca... Como se fosse mais um teste, como se tratasse de um mero lembrete do nosso interno outlook de sentimentos e não de eventos.
Longe da vista, longe do coração... é um dos ditados populares que aprendi a refutar nos últimos anos e que assumi como errado desde o ano de 2008.
Aos viajantes que nunca me abandonam e que teimosamente, saudavelmente e apaixonadamente o meu coração guarda a sete chaves, um beijo pleno de saudades, como se nunca tivessem saído daqui.

Afinal é só mais uma semana ou o final da minha vida terrena que nos afasta do nosso reencontro. Passa a correr :)

Um amanhecer = Renascer
Um dia = Uma vida
Um anoitecer = Morrer

Graças a Deus o anoitecer não me deixa esquecer :)

Até já

terça-feira, 15 de setembro de 2009

I've had the time of my life

Acordei ao som da notícia que Patrick Swayze morreu.
Recebi mensagens de amigas da adolescência tristes com a notícia.
Fiquei triste, enfim... mesmo já sabendo há quase um ano da sua doença...

Pensei que há pouco mais de uma semana disse para os meus botões que a paranoia que hoje tenho com um puto de nome Robert Pattinson era superior a qualquer fanatismo da minha vida (foram muito poucos e subtis, graças a Deus), até mesmo que o Patrick Swayze. E catapum... Morreu.

Cheguei ao escritório e comentei com uma colega de vinte e um anos a perda de mais uma pessoa marcante este ano. Resposta?
- Quem é o Patrick Swayze?
Estupefacta, respondi-lhe:
- Estás a ver o impacto que o Twillight tem para a tua geração? Estás a ver a doideira com o Robert Pattinson? O twillight desta geração está para o Dirty Dancing na minha.O Robert Pattinson desta geração está para o Patrick Swayze na minha...

Só que o Pattinson não dança como o Swayze, não tem o corpo do Swayze e o Swayze não era assim tão bonito. Mas ambos não deixavam as suas amadas a um canto (Nobody leaves baby on the Corner) e são encantadores, cada um à sua maneira, em cenários e épocas tão distintas. O Patrick Swayze marcou uma geração de adolescentes que viviam ainda na época das VHS que lamentavelmente começavam a ficar gastas de tanto visionamento. Foi ele que pelo seu trabalho no Dirty Dancing nos ensinou um pouco sobre a guerra nos EUA, com o seu protagonismo na série Norte e Sul.

Há tempos, em honra de doces memórias, comprei o DVD com extras e vi o filme pela enésima vez com supostos olhos de adulta, de mãe. Comecei por vê-lo com um sorriso trocista, comentando interiormente com a simplicidade, banalidade e qualidade do filme. Sim, não tem argumento que fique na história, é um enredo já tão batido... Mas poucos minutos de filme bastaram para que entrasse em toda a trama e me esquecesse das criticas destrutivas que fazem de nós os adultos chatos que somos e virei uma simples adolescente. E da mesma forma, ao terminar de ver o filme, repeti a última cena umas três vezes. Uma delicia...

Cantou "She's Like the Wind" mas teve sempre a sua namorada de sempre ao seu lado. Foi e é, a doce memória de tantas, mas tantas, hoje mulheres.

Espero que de onde está possa cantar "I've had the time of my life", porque a mim ajudou a preencher com ainda mais cores o arco-iris da minha adolescência.

Ao Patrick!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um tributo memorável

Gravei o VMA 2009 da MTV para ver a preview de New Moon.

Mas o momento alto, o momento que me arrebatou, me deixou pregada ao sofá foi o arranque do Video Music Awards sob um pano preto, com uma cada vez mais bonita Madonna vestida de negro a falar de Michael Jackson.

Seis minutos de ternura, que nos fazem pensar e aplaudir de pé, mesmo que sós numa sala, como se tivessemos lá, rodeados de toda gente, a aplaudir todos juntos uma mulher que se ultrapassa a si própria num tributo a quem também ele é, inultrapassável.

sábado, 12 de setembro de 2009

A resposta

O tempo, cinzento...
A vida, num corre corre
O tempo, curto...
A vontade, num canto...
O amor, algures...

Até este blogue está chato...

Quando me lembro tento descobrir o que se passou, quando aquela janela para um sonho me mostrou a minha filha com três anos e o meu pai ainda doente. Foi há dois anos e meio... e se me puser a ler dois anos e meio de posts para tentar encontrar alguma resposta, chego à mesma conclusão que chego agora. Ando a reviver ciclicamente momentos que se passaram há um, dois anos. Basta-me uma questão, para a qual interiormente sei a resposta e exteriormente me falta a coragem para a acção. O que ficou por fazer?

O que não fiz, abala tudo o que concretizei, questionando-me sobre tudo o que alcancei, baralhando-me na resposta para o "onde falhei".

A questão é que eu sei o quê, o onde...
A questão é que depende de mim...
A questão é que... tenho receio...
mesmo tendo a resposta Aqui

Sim