domingo, 30 de setembro de 2007

MAD

Ei!
Sei que me lês...
Parabéns mano!

Deixa-me fazer as contas...
Conhecemo-nos com nove anos... (há 24 anos)
Detestámo-nos até aos catorze... (há 19 anos)
Adorámo-nos dos catorze aos dezasseis... (há 17 anos)
Afastámo-nos dos dezasete aos vinte (há 13 anos)
Aproximámo-nos e foste o meu refúgio aos vinte e um.
E desde aí ficámos cúmplices de algo que nunca percebi.
Quando o telefone raramente toca é um S.O.S. camuflado.
E está sempre alguém desse lado.

Já viste há quanto tempo fazes parte de mim?

Obrigada por estares sempre aí.

Beijos enormes maninho!!!

KIPITE

'dream me up Scotty' em comentário ao meu sub-nick "Keep it simple":

"dream me up Scotty" diz:
keep it simple... keep it true... but most of all.. KEEP IT


(com as devidas autorizações do DM up Scotty)

Muito ou pouco, nunca nada

Começo a chegar à conclusão de que ainda não descobri qual o meu ofício, aquilo para o qual fui talhada para.
Ontem, em visita às ruínas do Teatro Romano de Lisboa, enquanto ouvia a arqueóloga nas suas explicações, voltei a sentir o mesmo fascínio que sentia quando tinha catorze anos. Arqueologia...
Memorizei o nome da arqueóloga - Lídia Fernandes. Enquanto a ouvia nos seus relatos, e nos raríssimos momentos em que me dispersava, pensava o quão bom seria ouvir aquelas histórias, aquelas explicações, sentada em sofás numa tertúlia nocturna interminável. Fascinante...
De facto, nem sei porque segui Gestão... Não é que não goste, se formos mesmo a ver, gosto de tudo... mas há tantas outras coisas das quais gosto mais...

Encher

Estava a sentir-me vazia.
"Preciso de um livro!"
Meti-me no carro com a minha princesa e fomos à Fnac.
Comprámos dois.

sábado, 29 de setembro de 2007

zigazig ha

Apetece-me fazer o pino, deixar cair o que é desnecessário, ver o mundo ao contrário e admirar o que se encontrava fora de sítio quando voltar a ficar de pé.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Abraça-me !!!

Deixa-me encostar ao teu ombro
Sem qualquer palavra no ar
Sem nenhuma obrigação de falar

Deixa-me ficar assim parada
esquecida, perdida num momento
e permite-me chorar

Preciso de chorar em silêncio
Preciso de um ombro onde me encostar

É só isso...
Um cair de lágrimas terno
Um ombro cumplice
e um silêncio a aconchegar...

É só isso...
Mais nada...
Sem soluçar...
Depois tudo irá passar...
Só preciso de me limpar...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A Cerimónia

"E para apresentar a maior maravilha do Mundo, gostaríamos de chamar a este palco todas as crianças de todas as nações!"

Gritinhos, risinhos, gargalhadas, alegria, timidez, um turbilhão de passinhos pequenos a correr, um incalculável e interminável barulho de crianças a mexer. De forma desorganizada encheram o palco do mundo de cor e movimento. Não conseguiam ficar paradas e as suas vozes excitadas inundavam a plateia do mundo de sorrisos.

Chegou o minuto para o qual tinham ensaiado em segredo. Umas mais crescidinhas começaram a dizer baixinho e em cadeia:
"Shiuuuu! É agora o nosso momento!"
Há medida que os Shiuuu's percorriam o palco do mundo, iam dando as mãos, e criando uma autêntica via láctea de crianças.
Os Shiuuu's começaram a ser cada vez mais silenciosos e o palco começou aos poucos a ficar sem movimento.
Grupo por grupo, em todas as linguas começaram todas a dizer:

"E a maior maravilha de sempre do mundo é..."
(...)
" And the world best wonder ever is..."

E assim que o último grupo terminou, sorriram.
A plateia do mundo, expectante com a tão anunciada grande maravilha de mundo, ficou parada a aguardar o tão ansiado momento. Um por um, não conseguindo evitar o sorriso silencioso que iluminava as caras de todas as crianças do mundo, começaram a sorrir. Começaram a olhar para os espectadores ao seu lado e a sorrir. Os sorrisos tornaram-se em abraços, e aos poucos os dedos das mãos foram-se entrelaçando.

A maior maravilha de sempre ecoou no coração de todos, no meio da maior sala de espectáculo do mundo sem ser necessária uma única palavra.

O Sorriso.

Gatos, casas e afins

E pronto, é mesmo minha filha. Não é que tivesse dúvidas algumas, por óbvias razões, mas há dias em que a sensação de "deja vu" bate com mais força à porta.

Adora gatos e mais ainda gatinhos (eu sou mais cães) e principalmente adora os gatos da tia.
Hoje enquanto combinávamos uma sessão de baby-sitter da tia aqui em casa, colocou-se a questão do baby-sitter dos gatos da tia. Apenas uma única reacção a choramingar e a soluçar:

"Eu... não quer... os gatos qui em casa... Eles estragam.. casa... minha!"

Teria eu menos um ano e perguntava aos meus pais, no meio de lágrimas, quem ficava com a casa se eles morressem. Ok... eu era mais drástica! [riso] . Mas com o passar do tempo até nem me saí mal. De egoísmo nem tenho muito...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Oiçam... sintam...


Dêem-me música
É só isso que entendo

Letras que me retratam
Compassos que me exaltam
Ritmos que me mexem
Melodias que me encantam

Dêem-me música
que me faça sorrir
que me faça chorar
que me faça viver
que me faça acreditar

Criem música
vivam de música
deixem-se flutuar

Assimilem tristezas
compartilhem experiências
mas acima de tudo
continuem a acreditar

Se uma nota sair fora de tom
outra há-de compensar
Se o começo for infeliz
há sempre a hipótese de mudar
A apóteose tem sempre lugar
É só ver, ouvir, sentir
É só deixar-nos levar...


(estou triste, nem sei em que acreditar. mas sabes, no meio de tudo encontro-lhe sempre um lugar. quando tudo quebra, quando os ciclos teimam em terminar, quando esbarro de frente com aquilo que já não é o meu lugar, há sempre alguém ou algo dentro de mim que me diz "Vá tens de avançar... o medo que hoje sentes amanhã será a tua força. Anda... deixa-te levar... eu estou aqui para te acompanhar". E hoje estou assim... triste, com medo, só e tremendamente fraca... mas o "Vá avança..." está aqui a tentar-me mostrar aquilo por que vale a pena lutar)


domingo, 23 de setembro de 2007

Já é segunda...

Uhm...
Fim-de-semana para último "revival" de férias...
Sem horários, sem pressas, sem relógio, sem vontade alguma de voltar...
Uma última tentativa de encontrar as forças que há três dias não tinha...
As forças? Não as recuperei, porque não as encontrei...
Agora tenho de as arranjar aonde elas parecem não existir.
Não tenho outra forma que não resistir. Não vou desistir.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Conversa silenciosa

Encostei-me, embrenhei-me e parei
Nada ouvi...
Fechei os olhos, enrosquei-me e parei
Aninhei-me no meio do silêncio
e senti o meu coração bater

- Ei... Estás aí?

sabes? começou-me a falar baixinho:

- Ainda estou aqui, ainda bato por ti. Sempre que sonhares, sempre que acreditares que os teus sonhos têm um não sei o quê de possível... bato por ti!

E se não me quiseres ouvir, se me colocares barreiras nos teus sonhos que também são os meus eu juro que disparo! Farei tudo para te mostrar que sou teu, vivo por ti e para ti, alimento-me dos teus sonhos e vivo para te ajudar a lutar para os seguir.

Se eu adormecer tal como agora, acorda-me, espicaça-me, lembra-me da minha razão de existir, lembra-me que pertenço a ti, lembra-me de não desistir.

Eu bato por ti, mas de tantas vezes disparar por não me quereres ouvir fico cansado e definho. Fico tão pequenino....
Também eu preciso de ti...
Também eu preciso de sonhar e de ter por que lutar.

Tinha saudades tuas....
vai parando de vez enquando tal como agora, ouve-me e também tu bate por mim.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Caçadora de Sonhos

...
e rebentei em lágrimas ao telefone com a minha linda mãe
liguei-lhe depois de ouvir uma música na tv e de olhar, pensar e pedir-me a mim própria "volta a encher-te de sonhos, por favor":


"Pelo céu as cavalitas,
Escondi nos teus caracois,
A estrela mais bonita, que eu já vi

Eu cresci com um encanto,
De ser caçador de sois,
Eu já corri tanto, tanto para ti

Fui um principe encantado
Montado nos teus joelhos,
Um eterno enamorado, a valer

Lancelot de algibeira,
Mas segui os teus conselhos
Para voltar à tua beira
E ser o que eu quiser

Os teus olhos foram esperança
Os meus olhos girassois
Fomos onde a vista alcança da nossa janela

Já deixei de ser criança e tu dormes à lareira
Ainda sinto a minha estrela nos teus caracóis
"


Música - Caçador de Sóis - por Ala dos Namorados


Conversas com Crist II

...
e hoje depois de lá estar a racionalidade começou a perder um pouco do seu lugar, tudo porque me doi ver aqueles de quem gosto feridos, magoados e sem saber o que aí vem.
Ainda há pouco no trânsito pensava "porra! isto é mau, mas há coisas tão piores", mas o coração insurgia-se e só me lembrava dos olhos e das lágrimas de hoje de manhã e de todos os pontos de interrogação sobre todas as cabeças durante todo o dia...
Só me apetece dar mimo e carinho... não suporto ver olhos queridos perdidos.
Juro que me passou pela cabeça que se eu fosse pelo mesmo caminho seria um alivio para mim. Mas não posso pensar assim, não posso menosprezar tudo aquilo que (ainda) agora tenho.
Confesso-te que muito embora esteja a ser forte, e sei que o estou a ser, me sinto... perdida.
Não quero mimo, nem carinho, apenas não quero ter que acreditar sozinha.
Apenas não quero sentir-me forte sozinha.
Só me apetece abraçar todos... e sem dizer nada, porque não há nada que possa dizer que mude as coisas, no silêncio descansá-los um bocadinho...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Monólogo com Crist

ei...
Imagino q estejas offline por estares ao telefone, sei lá...
mas escrevo só para te dizer olá e para me distrair desta minha cabeça a rebentar
Ainda não chorei e acho q não o vou fazer, não sei... sou mt imprevisivel...
estou a ser muito racional e sobretudo a acreditar, mesmo que tudo o que se passou hoje me diga para não o fazer
Acredito que eles vão ficar bem, que se calhar até vai ser melhor... afinal de contas este ultimo ano tem sido super desgastante... e para as pessoas de coração aberto as coisas tendem a bater certo...
não me preocupo comigo pessoalmente... o que tiver de ser será...
mas vejo um ciclo a terminar e já estou cheia de saudades
preocupa-me o que aí vem, mas fujo de pensar nisso...
o coração diz-me "deixa rolar, deixa a poeira assentar, depois para e começa a observar"
não pode ser tudo mau, não é?
nessa altura vou olhar à minha volta, para mim e ver se me encaixo neste lugar que hoje não parece meu
as coisas vão mudar, eu sei...
não sei se para melhor ou não...
mas vou continuar a acreditar...
quando deixar?
fui...

Intenso é a palavra

É não saber o que pensar
pensar apenas em deixar-me levar
É raciocinar para não sentir
afinal o hoje é o ontem de amanhã
E assim que a poeira assentar
deixar que o sentir tome o seu lugar

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Colégio

Não consigo descrever aquilo que senti assim que me sentei no carro.
Os olhos inundaram-se de lágrimas e a voz começou a sair tremida de tanta emoção.
Desde a alegria em chegar ao novo colégio da pequena lua, ao saudosismo de pensar que já foi o meu. Desde a chegada ao parque dos mais pequeninos, com música ensaiada onde, no outro lado, do lado do campo de futebol, os mais crescidos chegavam felizes uns atrás dos outros e a sentavam-se de "perninhas à chinês" e começavam a fazer coreografias com as mãos e com os braços. Pareciam anjinhos com aquelas mãos de criança a abanar e aquele jeito meio doce de trapalhão a balançar. Nos meninos mais crescidos não vi uma única lágrima, mas sim uma enorme alegria por voltar ao Colégio para mais um ano, mais crescidos e para rever os amigos. Tal e qual como eu me lembro. A pequena princesa largou logo a minha mão e foi de imediato balouçar-se freneticamente nos cavalos de baloiço. Completamente alucinada! A reunião dos pequeninos por parte das auxiliares e educadora começou a organizar-se e a minha pequenina ao aperceber-se tocou-me na perna e disse "Mãe... fica só mais cinco minutos...". Não pude evitar o sorriso. Não é que ela saiba o que são cinco minutos, mas sabe o tempo que demoram os meus "mais cinco minutos" para me levantar todas as manhãs. Lá seguiram os meninos para a sala, todos de mãos dadas com a educadora e auxiliares e a minha pequena comigo e com o pai de cada lado. "Não quero ficar aqui sem ti" dizia ela, "quero brincar contigo e com o pai....". Respondi-lhe que a íamos buscar e disse-lhe para ir ver o peixinho no aquário que se encontrava dentro da sala. Não se moveu e continuou a choramingar baixinho. Quando lhe disse "Olha vai ali para a sala para a mãe te tirar uma fotografia com os meninos" lá seguiu e não mais olhou para trás. Tirei a fotografia que me descansou... Num canto a grande maioria dos meninos já alinhados com a ajuda das auxiliares, num outro canto outro menino a olhar para a janela à procura dos pais e em grande plano um abraço ternurento da educadora à minha pequena lua. A ternura e carinho da educadora e a entrega em busca de mimo, abraçada e de pernas entortadas da minha linda princesa. Saí descansada, mas de tal forma emocionada que quando cheguei ao carro, o botão de descompressão activou-se e fiquei lavada em lágrimas.
Perguntei-me várias vezes ao longo do dia como seria que ela estava. E a sensatez descansava-me. Só me faltou contar os minutos para a ir buscar.
E fomos buscá-la e lá estava ela entertida a brincar com legos e a chamar à atenção da educadora para ver a sua obra de arte "Olha.... vês?". Portou-se bem, dormiu a sesta e comeu. Ao lanche lá conseguiu explicar o que era pão bom e lá lhe deram um pão seco, sem qualquer unguento ou acessório. "Bebeu três copos de leite" disse ela! Fez um relato delicioso e detalhado de alguns acontecimentos. Disse que brincou com os bébés. Perguntei-lhe "com quem?" e ela respondeu com a "nova amiga do colégio novo!". Falou da educadora e disse que é amiga dela. Falou dos três escorregas e por fim ao olhar para o canto do olho dela e ao ver que tinha uma nódoa negra perguntei-lhe o que tinha acontecido. Ela que passa a vida a queixar-se dos seus doidois respondeu "ahhh... foi um bébé mais piquinino que bateu em mim...". "Foi sem querer?", perguntei-lhe eu, "foi... ele é pequinino... eu sou grandi...". Sim, de facto ela é a mais alta de todos os pequeninos, mas ainda é o meu bébé...
Estou feliz, por ver que ela está bem.
Espero que seja tão ou mais feliz que eu no nosso colégio.

Porque é LINDO!!!!!!!!!!!!!!!


Ando feita parva...
A abrir diferentes luzes, para ver como muda...
E não é que muda?!?
Adapta-se ao frio e ao quente...
Porque é suave, doce, forte e imponente.

Love U


Pintura: Pólos por Rita Oom

domingo, 16 de setembro de 2007

Plágio

O que escrevemos aqui é um diário, um repositório de sensações, sentimentos, máscaras, acontecimentos e ligações. Estamos expostos a gente de coração bom, estamos expostos a gente que age de má fé. Não é isso que nos impede de escrever. Escrevemos sobre o que nos apetece. Como na música todos os leitores interpretam a leitura à sua semelhança. Cada um lê como quer, o que quer e assimila conforme as suas vivências, o seu percurso de vida, os seus receios, os seus sonhos. Podemos encontrar Aquela frase que nos descreve, mas quem a escreveu em forma de auto-retrato é completamente diferente de nós. O que une quem escreve a quem lê é a universalidade de sensações. Plágio de emoções, de sensações não existe, porque no fundo somos todos iguais. Mas Plágio de descrição de emoções, de sensações, é triste. Auto-descrever-se com textos de outro sem referência ao seu verdadeiro autor é triste. Mais triste é quando o plágio é feito com objectivos de vanglorização.
Pergunto-me? Quem o faz, o que sente?
É que é tão fácil escrever o que se sente...

"Ao toque do amor qualquer um vira poeta", dizia Platão.

Afinal, o que é que nos une a todos, o que nos torna em um?

É universal...

Amor Love влюбленность Amore αγάπη Liebe amour liefde

Prolongamento de ti

Adoro a paz que sinto, o não recriminar, o não julgar, apenas sorrir e olhar.
Gosto de falar, gosto de contar estórias e sobretudo relembrar.
A tua neta diz "Quando eu era pequinina eu comi muitas gelatinas" eu digo "Quando eu era pequenina brinquei muito e fui muito feliz. É por isso que hoje, um pouco mais crescidinha continuo a brincar". Falo, conto e relembro para nunca me esquecer do que é importante.
Continuo a errar todos os dias da minha vida. Continuo a tropeçar e a levantar. Não sei qual o meu objectivo principal, mas estou cá e deixo-me andar.
Sim...
Depois de muitas guerras interiores começo a acreditar que uma mão me assenta ao de leve no ombro e não me deixa nunca desistir. Uma mão que não me agride, não me obriga e não me recrimina. Uma mão que por vezes se torna em duas e depois em braços e me abriga nos momentos mais devastadores. Uma mão que me dá toques ao de leve no braço como se a dizer "tem calma". Uma mão que com dedos longos e elegantes me enxuga as malditas lágrimas que por vezes me deixam de rastos. Nunca me caiu uma lágrima de tristeza. Apenas de desespero, de incompreensão, de amor próprio ferido, de nervos e de felicidade. Não me posso queixar.
Acredito que algo me leva daqui para ali. Acredito que algo me protege. Acredito que alguém olha por mim.
E acredito em ti, aqui ou lá. Porque o teu lá estará sempre aqui, sempre que falar, contar e relembrar. Quando sorrir e sempre que para mim olhar.
Entretanto deixa-te ficar para te abraçar

Beijos Papi

Ler para descansar

Cumpri o único objectivo estipulado para as férias.

Ler um livro sem perder horas de sono, sem ficar com a fobia de o terminar, apenas ler para descansar.

Pela primeira vez não fiquei triste por acabar. Não me senti incompleta como me costumo sentir sempre que acabo de ler algum. Tudo porque sim, me envolvi, mas não me tornei dependente e ansiosa de o terminar. Li pelo prazer de ocupar uns breves momentos do dia.

[é bom estipular poucos e simples objectivos e deixar o resto rolar]

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Polish

As lindas unhas vermelhas de morrer dos meus pés foram-se.
Pedicure outra vez, que chatice.... :P


De vez enquando a futilidade entretem-me.


quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Amor à camisola

Estava a colocar as minhas novas plantinhas no vaso (vamos ver se é desta que aguentam) quando comecei a ouvir do cantinho da televisão a algazarra. Porrada (o meu pai sempre odiou esta palavra) em futebol é sempre aquela sensação inexplicável. Fiquei de joelhos à frente da televisão a ver pasmada a cena que se passava. Indescritível, inimaginável, tudo aquilo que não esperava. Sou fã de futebol e do Sporting. O Sporting Clube de Portugal corre nas veias da minha família (da parte do pai) desde sempre. A família morava perto do antigo campo do Sporting e um dos meus primos foi um dos últimos treinadores que levou o clube a vencer o campeonato antes da grande seca. Por ser sportinguista desde cedo aprendi a sofrer e a relevar as perdas de campeonato. Assisti a pelo menos 18 anos de seca o que fez com que em 1999 tivesse chorado de felicidade com a vitória.

Não sei se pela a educação, se pela minha maneira de ser, nunca criei raivinhas futebolísticas. O meu segundo clube é o Benfica e o terceiro o Belenenses.
Quanto ao futebol clube do Porto... depois de ver a claque a gritar "Queremos ver Lisboa a arder!", a simpatia que nutria pelo clube pura e simplesmente desvaneceu-se.

No entanto hoje sigo a primeira liga e a taça à distância. Vejo e por vezes vibro com o grande derby Sporting-Benfica (e vice-versa), vou apanhando os nomes dos novos jogadores e caso me cativem fixo-os, mas já não vejo o futebol com a mesma cadência e entusiasmo de há uns tempos atrás. A não ser com a nossa selecção, hoje já sem o Luis Figo, o Rui Costa e o Pauleta, um trio de ouro pela inteligência e elegância.

Gosto de futebol mas tudo o que gira à volta dele dá-me consecutivas voltas ao estômago. É isso que me afasta. É o julgamento precipitado das pessoas, é a parcialidade, é a rápida passagem do amor para o ódio. E é tudo aquilo que se passa e que não vemos. São as discussões longuérrimas sempre a girar sobre o mesmo tema, as quais não nos levam a lado algum por motivos de parcialidade, de sangue verde, vermelho ou azul. Lá está... o tempo vai passando e vou-me colando cada vez mais aos pensamentos do meu pai. Enquanto que a minha mãe há uns seis anos atrás não percebia nada de futebol (não sabia sequer o que era um fora de jogo) e agora trauteia os nomes dos jogadores de momento do SCP ou do SLB, eu afasto-me. Enquanto a minha mãe comenta os lances mais importantes do jogo eu fico a leste. O meu pai é da geração das bolas pesadas, dos cinco violinos, dos magriços. Mas ainda estava saudável quando começou a desligar-se do futebol. Comigo começou mais tarde... Quero apenas espicaçar o meu coração quando acredito. Como no jogo Portugal x Inglaterra no mundial de 2006. No futebol ultimamente pouco acredito. É impressionante como se odeia o Ricardo e de repente começa-se a amá-lo. É impressionante como o Scolari foi criticado na preparação para o Euro2004 e como saiu em braços no final do campeonato. Mais uma vez, ontem, voltou para o fundo do poço. Sem desculpas, nem acusações ao senhor, já que não vi todas as imagens nem ouvi o Dragutinovic, não o julgo, mesmo tendo ficado triste.
As pessoas parece que se esquecem...

Quase que aposto que se formos qualificados para o Euro e se conseguirmos uma boa classificação no campeonato (os quatro primeiros), o país vai-se encher novamente de bandeirinhas nos prédios, nos carros e gritar "O Scolari é o MAIOR".


Futebol é emoção, é amor à camisola. Eu visto a minha, a de Portugal.


terça-feira, 11 de setembro de 2007

Há dias assim...

Há dias assim.
Podemos ter dias hiper rotineiros, nos quais até nos sentimos confortáveis no meio de todo o marasmo. A sensação de conforto controlado dá-nos uma sensação incrivel de suposta segurança.
Mas também existem aqueles dias inesqueciveis, que acontecem de quando em vez, que nos fazem esquecer todo o cansaço, todos os melindres, todas aquelas coisas que no meio da rotina nos fazem pensar demasiado.
Ando a fugir dos meus pensamentos desapropriados. Tirei férias da cabeça, do cansaço e dos meus sonhos. Ocupo o meu espaço com um não tenho tempo para tudo o que não é apropriado. Só quero descansar e divertir-me. E mais importante que tudo rodeada de tudo o que me eleva e me faz sorrir. Não quero chatices, não quero problemas, não quero mesquinhices. Tudo para o lixo facilmente reciclavel.
Pois bem, afastei-me do objectivo primordial deste post. Os dias inesquecíveis.
Sábado passado foi um dia cinquenta percento inesquecível. Sim... Porque as coisas brilhantes tenderam a cair todas no mesmo dia. Como não tenho a possibilidade de estar em dois sitios distantes ao mesmo tempo, o dia inesquecivel ficou pela metade. Fim-de-semana no Porto para o wedding da Magui concretizado, aniversário da Joana na praia visto por um canudo. Sei que se tivesse a possibilidade de optar entre um ou outro (que não tive) a escolha seria sempre a realizada. Adorei o casamento da Magui, diferente qb de todos os casamentos a que já fui. Foi descontraído sem nunca menosprezar a classe. A maior prova que a simplicidade é sempre a melhor opção. A Magui? Linda de Morrer! Muitas Top-models ficariam arrumadíssimas a um canto com tamanha elegância. O noivo? Como sempre, um charme. O local? Não... os locais. A cerimónia civil em casa foi uma óptima opção. O Copo de Água no Convento de Monchique (convento retratado no Amor de Perdição), ou melhor, o que sobra dele... Lindo! Com uma vista soberba e de cortar a respiração. Depois do Copo de Água e com as sandálias a infernizarem-me os pés, passeio de barco pelo Douro. Tirando a humidade que me embaraçou o cabelo e o vestido de seda a colar-se ao corpo, a viagem foi deliciosa. De facto o Porto é uma cidade de contrastes. E acaba por ser melancólica por tanta história descuidada. É impressionante ver a quantidade de edificios que noutros tempos seriam sumptuosos deixados completamente ao abandono. E ainda me queixo das obras em Lisboa... E a noite lá continuou, desta feita de volta à casa dos noivos. Um fim-de-semana em cheio que terminou com a minha chegada, da Maria e do Miguel, à Consolação com um abraço ENORME e apertado de uma princesa com o fato de banho completamente molhado. A minha consolação de dois dias de distância... A primeira vez distante mais do que um dia desde que nasceu.

Quanto ao aniversário da Joana, aguardo ansiosamente os relatos de tamanha surpresa. Falei com ela ao telefone no próprio dia e estava completamente eufórica. E eu? Roidinha por lá não estar. Tantos amigos de infância e adolescência que iria rever... Os astros não se conjugaram para os ver. Talvez teria alguma razão de ser. Who knows?


Pic: A. Amen

Óbidos

Estranho como os nossos olhos vêem de forma diferente à medida que o tempo passa. Em pequena fui a Óbidos, lembro-me de sentir que tinha gostado, mas nada havia fixado.
Hoje venho encantada. Mistura tudo aquilo que gosto. O antigo, o romantismo, a simplicidade, os grandes casarios. Daqueles sitios que me fazem sentir verdadeiramente em casa, aconchegada e em paz. Provavelmente um dos melhores locais para uma escapadinha de princesa.

Se ssenta Se tenta

Dizer que os olhos não comem é pura mentira.
Por pouco não comi os pratos!
Seriam seis ou sete?

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Pequeno, muito pequeno intervalo :P

Estou fora mas nem por isso.
Escrever o que penso o que me percorre tornou-se num hábito dificil de deixar.
Já nem é tanto o vicio de ir à internet fazer pagamentos, consultar o email... é mesmo o vicio de escrever. Bem que ando com o meu Moleskine às costas para anotar tudo aquilo que me surge... mas não é a mesma coisa. Aqui as palavras fluem e parece que não fiz mais nada na vida do que escrever.
Vamos às anotações do Moleskine:
"Escreva o que lhe digo. Daqui a seis anos nada do que hoje vê, do que hoje conhece, existirá". Ora bem! [pigarreio] E se for? Não penso nisso. Farta de desânimo e pessimismo estou eu. E se todos pensarmos assim, até poderá ser uma realidade. Prefiro olhar para a minha pequena princesa [que está encantadora] e acreditar. Até posso ver as coisas menos boas, mas esforço-me todos os dias para fixar as encantadoras. Aquelas pelas quais vale a pena cá estar. E é assim... É com olhos de sonho, olhos de acreditar que a vida tem que se levar. Se assim não for, para que é que servimos? O que é que cá estamos a fazer? Fazemos todos parte de um todo que constantemente se tenta equilibrar, e para isso tem sempre de existir o menos bom e o menos mau. Fico-me pelo bom com olhos de sonhadora.
Como ainda há pouco... Num rewind de entrevistas do hoje falecido Luciano Pavarotti "O mundo actual precisa de coisas boas, positivas" ou "Nunca ajudarei um adulto, sem antes ajudar as crianças. As crianças sofrem com a estupidez dos adultos de hoje, são elas as mais prejudicadas com as guerras". Estou um pouco farta de pessimismo. Começo a olhar em volta e vejo como podemos ser mesquinhos, muitas das vezes sem o sabermos... apenas porque gostamos de falar [demais] e sermos sempre os últimos a falar.
E falando em momentos bons, nada melhor do que conversas com crianças de 3 anos de idade. Ontem, no quarto, num silêncio de noite, começo a ouvir um restolhar de lençois, um sacudir de panos... abro a luz, a pequena Lua irritada com o diacho de uma mosca... Olha para nós "A moxca nã vaí para a casa dela!!" Demos por resolvido o assunto [da pior forma para a mosca] e voltámo-nos a deitar. Voltei aos meus 5 anos... No meio do silêncio, barulhos! E começámos, eu e a pequena Lua, em competição de barulhos. Ora de moscas, ora de roncos, ora assobios, ora zumbidos... tudo com muitos silêncios pelo meio e muitas gargalhadinhas abafadas na almofada. Tivemos que parar... "És pior que ela... Deixa-a dormir..." [Desmancha prazeres!] :P
Beijos! Vou para a beira da piscina dourar!