sábado, 27 de junho de 2009

MAD II

onde estás, como estás e o que se passa contigo?
nunca nos intervalos anuais sem o teu contacto me senti assim...
preocupada...

porque me ligaste?
porquê assim?
porquê a mim?
porque depois desapareceste deixando-me sem nada saber?
como?
assim...

Prometeste-me que me davas notícias...
que me farias saber que estás bem...
Refraseei "Olha que o prometido é devido"...
disseste que não foste tu que o disseste...
mas riste-te...
reconhecendo algo nosso...

Espero que a frase te recorde o Nicolau da Viola
e te lembre que depois da chuva vem o sol
e no meio do tempo o arco-iris...

Adoro-te mano

quinta-feira, 25 de junho de 2009

carvão

... e se disseres que me esqueço
sabe que
Nunca!
... o meu coração é dotado de um lápis continuo anotador
... Já o meu cérebro filtra após a dor

... e se disseres "já não me tens aí"
pois, sabe que
Nunca!
... o meu peito mesmo pequeno é dotado de elásticos de amor
... com o cérebro encolhe, mas incha com a ajuda do lápis anotador

... e se me disseres que desistes
pois, sabe que
... o lápis também pica, rompe e nem o cérebro filtra a sacanagem do pressuposto doce lápis continuo anotador


mudaria de lápis ou até deixaria de o afiar...
mas só ele escreve, moldado e criado com o meu amor
e afiado é quando escreve com todo o seu esplendor...

domingo, 21 de junho de 2009

Após "Amanhecer"

Estou aqui mas nem tanto
Vidrei-me em contos fantásticos cheios de amor
Voltei a sentir-me adolescente por encantamento
por entregas puras, sem perguntas, com luta e fulgor
… e soube-me bem…
Refugiei-me em algo não meu…
Não me pus em comparações…
Vivi e reencontrei o meu desejo
Sem nunca pretender retirar lições…
Agora não começo do zero…
Mas fechei-me tanto que quase não me sinto

Mas sei o que procuro…
Sei o que me faz correr…
Também sei o que me faz sofrer…

O meu Amor e o meu Ofício

Mas dos dois apenas um me faz sentir viva e sobrevive para além da vida...

AMOR

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Frio

Inexplicavelmente estou excessivamente calma tendo em conta o caos em que me encontro.
Não sei se desisti de algo, porque tal como um burro acho que estou a por palas para apenas olhar em frente. Mas não caminho atrás de nenhuma cenoura... Apenas caminho com pressa para ver se me livro depressa do chão irregular cheio de pedrinhas irritantes.
Arg! Que humor/amor gélido...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Adolescência

Tirando a idade do armário, as birras onde achamos que os adultos (achamo-los velhos então) não nos compreendem, não têm razão. Tirando essa característica que nos faz sentir vitoriosos, corajosos, inconsequentes e com uma enorme falta de raciocínio lógico, como se fossemos imortais e tudo fosse relativo, a nossa capacidade de ver o brilho no mais puro, de nos apaixonarmos como por magia, torna esta fase na segunda mais bonita da nossa vida. É o primeiro beijo que define o intervalo de beleza onde os próximos se irão encaixar e muito dificilmente existirá um outro que o possa ultrapassar.

Se ultrapassar então existirá uma necessidade intrínseca de viver uma nova adolescência, fora do tempo, intemporal, mágica, corajosa e imortal.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Re-Canto(S)


Serpenteando pela estrada ao som de Rob Pattinson, fundindo sons, cores e cheiros, esqueço-me de horários de antibióticos, anti-inflamatórios, moinhas e preocupações. Se a minha cabeça se ocupou de algo foi por osmose com o ambiente romântico que me rodeava. Palácio de conto de fadas, jardins que puxam ao mais puro romantismo, cada canto e recanto um possível e imaginário inesquecível beijo… Quantos já se beijaram ali? Será que ainda existe um canto que se sinta sozinho, virgem, nesta serra que expira amor por todos os seus poros? Um canto que pense “Qual casal enamorado beijará aqui?”. Deverá ser precioso pela sua pureza, pela sua longínqua e desde sempre indiferença. Deverá aparentar ser simples, pobre e tornar-se-á belo, rico, brilhante pelo mais puro amor que nele se encostar. Acredito que esse canto existe… Pergunto-me se algum assim ainda espera por mim, eu que já me encostei em mais do que um canto nesta serra enigmática e que hoje pouco os valorizo, não me lembrando sequer do seu local, apenas de quem me beijou, não como, em que época e nunca do sitio. Irremediavelmente romântica, por muito que o tente esconder, sonho com o mais puro, o mais simples… E deixando-me de sonhos, racionalmente vejo que só complico e é tudo de facto tão linear, tão simples… basta deixar-me sentir e seguir-me… Tola! Tola apaixonada pela paixão e amor na vida!!!
Pic: Skywalker

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Vês?

As portadas daquela janela abanam
Ora uma
Ora outra
Ora em simultâneo
É bonito…
aquilo que quase vejo!
Abre uma, abre outra
Ao sabor do vento

Estou sentada no chão
Perninhas à chinês
E olho encantada
O pouco que vejo
De quando em vez

Parada, mole
Inclino a cabeça
para a direita
Para espreitar
mais uma vez

Para a esquerda
Encosto-me
Para a direita
Deleito-me
Embalada ao som de
Era uma vez…

É bonito o que vejo…
É puro o amor que sonho
É maior que o mundo
É terno e doce
É silêncio no horizonte
É calmo e pleno
É nuvens de múltipla cor
Sol azul, Lua laranja
Céu cor de esmeralda
Mar brilho de prata
É solo branco, puro
E dois seres transparentes
A criar arco-íris em cada gesto
A escrever Amor num celestial tecto
A compor musica em cada toque
Uma pauta por cada aproximação
Do mais profundo e terno beijo

domingo, 7 de junho de 2009

Nada

São aqueles momentos em que o mundo parece que pára, que a luz do outro lado da rua me prende, me foca no nada. São esses os momentos em que não penso, não me preocupo, não sonho, não passa nada. São esses onde até as preocupações do mundo, hoje, não me ocupam, não interferem, não me incomodam, não me moem nada.

São esses momentos no nada, que me fazem sentir como se tivesse oito anos, mas desta vez sem medo, sem receio de nada. Na altura a sensação do vazio assustou-me, fez-me questionar a diversão que perderia, fez-me olhar para mim. Hoje, olhando para trás, vejo que me ouvi sem o saber, que em tudo, mesmo nos menos bons momentos, tenho vivido a valer. Nada tem ficado por dizer ou por fazer, tudo tem sido intenso.

Por isso nado no nada, sem medos, apenas um… o da profundidade do mar, o nada mais desconhecido de todos que pode ser tudo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Parabéns Pai !

Sei que hoje no céu mil e uma estrelas vão-te mimar
Mil e dois anjos vão cantar para ti
Cá de baixo tem a certeza que existem anjos que pensam em ti.

Parabéns Papi!
Feliz 89 anos de ti....

Adoro-te muito :)