quinta-feira, 1 de março de 2007

Não sei sequer como me sinto...

A tristeza das seis às oito já começa a ser uma constante...
Já não sou optimista para não cair de tão alto...
Não sou pessimista para não ficar sempre em baixo...
E esta tristeza escondida por detrás de um sorriso e de muita calma, começa a ser rotineira...
O resto do dia? Se me dispersar, até acabo por ultrapassar... e bem...
Não quero entrar na rotina, mas também não quero andar entre topos de montanha e vales... o meu coração não aguenta...
Acreditar... não acreditar... não sei...

Vais para casa na segunda, para o teu canto... Fico contente, mas tenho medo...
Sim, tenho medo...
Tenho medo que o ires para casa seja aquele passo que falta para a tua partida... e ao mesmo tempo sinto paz...
Tenho medo que o ires para casa seja o final da tua queda, lenta, dolorosa e triste...
Tenho medo...
E com esse medo esqueço-me que podes recuperar... e que ainda te posso ter mais um bocadinho...
Devia focar-me nisso... acreditar na tua recuperação e em ter-te mais um bocadinho... mas não consigo... hoje doi-me demais ver-te cansado, doi-me demais ver-te baralhado...
Não sou, não estou optimista nem pessimista...
Estou numa luta intensa entre a razão e o coração... e nenhum deles vence por completo...
Estou confusa... não sei sequer como me sinto... nem o que digo...

2 comentários:

  1. Apenas posso começar a imaginar o turbilhão de emoções que te atravessa em cada um dos posts justamente sofridos que publicas.

    São pedaços de pensamentos que leio, sempre que posso, e que me tolhem a alma pelo sentimento que exprimem e que me fazem sentir bem pequenino e incrivelmente sortudo por ainda ter 2 pais com saúde e, por consequência, desejar que todas as pessoas à minha volta que estimo (e nas quais, obviamente, te incluo) também tivessem os deles em igual boa forma.

    Não há vida vivida que nos prepare e que nos acondicione para acontecimentos desta natureza, apareçam eles bruscamente ou de forma gradual e, acredita do fundo do coração, não me importava de absorver um bocadinho que fosse da tua preocupação só para não te ver sofrer assim tanto...

    Esta é a minha forma humilde, tímida e, também ela pequenina, de te dizer que estou contigo nestes momentos difíceis, mesmo que a minha presença seja apenas "residual" em relação a outros que, de certeza e com naturalidade, te são mais próximos...

    Um grande beijo cheio de força!
    Um amigo.

    ResponderEliminar
  2. Acreditar, acreditar, acreditar.

    Um abraço do tamanho da tua doçura!

    ResponderEliminar