quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Férias



Férias...


Enquanto conto os dias, semanas, para o meu merecido descanso, faço rewind e recordo-me das minhas melhores férias de sempre.


1988!


Sim, tinha namorado. Ou melhor, não tinha... Tinhamos acabado (Ele) assim que o calor começou a apertar. Calor, hormonas, praia, corpos nus... Enfim! Livro mais do que fechado, logo não interessa.

Foram as férias mais movimentadas! Chegava a casa apenas para deixar a roupa para lavar, receber miminhos, fazer nova mala e estar de saída logo no dia seguinte.

Começou com uma semana no Alentejo, numa quinta de uns amigos da minha mãe, de cujos filhos desde sempre me liguei. Entre piscina, cavalos, bons comeretes, barragem, ski aquático e canoas, não descansei. Mas do que mais me lembro com clareza é do armário da TV onde descobrimos montanhas de doces (after heights a rodos e ferrero Rochê), e dos mergulhos a pique na piscina.

Um dia de pausa... e apanhar a camioneta com o PC e os manos DF em direcção a Alcantarilha!
As maiores tropelias... O ex-boyfriend não pode ir, mas estavam lá todos. As minhas manas de coração (as cicerones), a minha primeira grande paixão não correspondida e a sua irmã (com quem vivi grandes tropelias no caminho de e para o liceu). O que mais me lembro? A partida que pregámos aos meninos (planeada 3 semanas antes na Caparica), onde a C estaria embrulhada com ligaduras cheias de ketchup, por ter ido contra uma rocha. Que tansos... Andaram uma manhã inteira na praia a levá-la ao colo e às cavalitas para todo o lado. E eis que à beira mar todos sentados, o J se levanta a correr para a água e a C também começa a correr.
:P As pessoas que estavam na praia e assistiram à cena, fartaram-se de rir. Que figura...
E também me lembro de virmos a nado dos barcos até à praia e de ter ficado para trás... Não tinha nem colchão, nem prancha, nem pés de pato para me aguentar e estava a nadar contra a corrente... argh! não saía do mesmo sitio. E eis que tal e qual Marés Vivas, a minha primeira grande paixão não correspondida, já na areia, olha para trás, vê-me e vem ter comigo. Tirou os pés de pato e colocou-me nos pés. Salva! Muito embora feliz e grata pelo acto, não me apaixonei pelo meu salvador... O primeiro namorado (ex por motivos de calor) ainda ocupava todo o espaço.

Um dia de pausa depois de uma semana muito quente... e ala para o aeroporto! Primeira viagem de avião e sem nenhum adulto. Fui com a Sofia, a filha dos amigos da minha mãe, onde duas semanas antes tinha estado a passar férias. Londres, colégio... 1 mês! As únicas portuguesas na primeira semana, misturadas entre espanhóis, suecos, alemães, irlandeses, suiços e italianos. Estes últimos fizeram a santa revolução na cozinha, porque a comida antes de eles chegarem... sucked!
Éramos as mais novas e confesso que pela idade e pela diferença de culturas cresci bastante. Agradava-me o Stefan, o alemão, e ele também gostava de estar conosco. Comecei, pela convivência com as suecas (que só não andavam totalmente nuas porque lhes chamavam à atenção) a ver que era demasiado maria-rapaz. Sim, comecei a lavar a cara todas as manhãs e a por creme logo de seguida. Comprei camisolas curtas e comecei a mostrar os ombros e a barriga de forma negligé... Comecei a pentear este meu cabelo esquisito e descobri a espuma de volume. Aprendi que condicionador era amaciador e eu e a Sofia ligámo-nos à Karla e à Lydia (espanholas, a primeira filha de escultores a segunda bailarina). Ah! Ainda no colégio recebi um postal da Bélgica do meu primeiro namorado (ex por motivos de calor), o qual hoje leio e vejo o quão simples é, mas que na altura consegui encontrar imensas entre-linhas (amor cego...). Enfim... muitos dias felizes e de crescimento pessoal (principalmente a nível de imagem) e um dia muito triste. O dia em que disseram à Karla (a amiga espanhola) que o pai estava doente e que uma amiga da mãe a ía buscar ao colégio. Todos sentados no front-yard e eis que chega um táxi tipicamente inglês e de lá sai a amiga da mãe e a mãe. A Karla apercebeu-se logo porque é que a mãe estava ali. Correu e atirou-se para os pés da mãe a chorar. Não sei sequer como me senti... mas fez-me mudar a forma de pensar... o amanhã às vezes pode ser tarde... Não me lembro dos últimos dias do colégio, apaguei a partir daí.

Voltei e a 3 de Setembro, ou será que foi 4? Não, foi 3, era o aniversário do J. Recomecei com meu namorado, que tinha sido ex por causa do calor e que agora por começar a esfrear (setembro...) tínhamos que recomeçar. Durou até ao verão seguinte :P

As manas do meu coração continuam aqui (as três) e o namorado (que foi ex por causa do calor e de novo namorado quando o tempo resfriou e de novo ex por motivos muitos anos depois explicados) é o meu mano e amigo de todos os apertos.

:) Faltam 3 semanas para férias!



5 comentários:

  1. 1988...

    Andava eu a brincar com bonecas!

    Sabia lá eu o que era isso, de brincar com "bonecos" :)

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  2. :P Juro que me senti velha com o teu comentário, mas depois lembrei-me que a passagem das bonecas (comigo mais futebol) para os bonecos se deu em questão de meses.
    Sim... Na altura até aos treze anos era normal brincar com bonecas. Comecei a ligar aos "bonecos" aos 14 (o fantástico ano de 1988) e desde aí não mais quis outra coisa :P


    Beijos ;)

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  3. :)

    Olha, fazendo as contas, não és muito mais velha do que eu.

    Mas a idade, é apenas o passar dos anos pelo corpo. Nada mais nem nada menos do que isso.

    E digo-te mais. Comecei a brincar com bonecos, um pouco "tarde", whatever that means.
    Provavelmente, já adivinhava no que me iria meter! LOL

    Ogora, olha! Aguento-me à bronca!

    Beijos :)

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  4. escreves bem. gostaria de conhecer uma menina assim tão nítida!

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