domingo, 5 de abril de 2009

E viveram felizes para sempre...

Fico triste quando deixo de dizer o que sinto por sentir que quem gosto desdenha e para dentro acha ridículo qualquer diferente abordagem que tenha.

Enquanto para dentro falo “espera… há-de chegar o momento em que compreenderá o que digo”, enquanto repito para mim “não vale a pena falar enquanto não quiser ouvir”, calo-me, mas continuo triste.

Sei que uns quantos devem achar que sou meio louca, mas enquanto esses poucos quantos forem distantes, não me aflijo.

Aflige-me ver que poderia ajudar quem gosto se baixasse as barreiras do politicamente correcto, do socialmente aceite e da formatação humana intransigente. Resumindo… Se ouvisse o e com o coração.

Cansa-me o rancor e a raiva tomada como própria sendo de outros. Principalmente quando quem poderia ter o direito de o sentir, não o sente.

Preocupa-me a vontade de ficar parada no tempo, sem exigências próprias por demais, num terreno aceitável e tomado como confortável apenas e só porque assim se decidiu, anulando quaisquer sonhos de infância e juvenis.

Preocupa-me a anulação de um espírito nascido romântico numa mente fria, por medo de ficar sozinha.

Cansam-me as vozes que só se ouvem a si mesmas, que atropelam as outras, que não aceitam outra e qualquer opinião que não a sua e que, principalmente, não se escutam, mentindo em palavras contra todos os seus sonhos.

Cansa-me e afasta-me…

Gostava de lhe dizer que mesmo no meio da minha caminhada cheia de obstáculos, me sinto viva, que amo, que ainda sou menina, que me sinto mulher. Gostava de lhe dizer que não tenho rancor de nada nem de ninguém, que mesmo com um ou outro grande desafio pela frente, me sinto feliz, porque AMO. Gostava de lhe dizer que me sinto bem, porque ACREDITO. Mas hoje e num futuro breve sei que estas palavras seriam ouvidas e respondidas com um “Está bem abelha…”. Não quero que sintas rancor por quem me fere, quando eu própria não o sinto.

Por isso fica escrito, porque a adoro, porque me dói não lhe poder dizer o que sinto, me dói não lhe poder mostrar um pouco do nosso admirável mundo, porque não o quer ver…


Sei que não és assídua do meu blogue… quando o vieres visitar, quem sabe, é porque precisas. E se precisares mesmo, tenho a certeza que encontrarás este post.
Para ti que te adoro e para quem desejo a concretização do maior conto de fadas, um grande beijinho… e o acreditar no “E viveram felizes para sempre…”.

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