terça-feira, 20 de novembro de 2007

Que...

Se hoje tivesse uma varinha de condão e pós de prelimpimpim tocava em ti, em ti e em ti.
Erguia o meu braço de mangas translucidas e com leves agitares de mão começaria assim:

- Que a nuvem que hoje se abate sobre ti, se transforme em nuvens muito pequeninas, se dissipe e que através de flocos já esbatidos no meio de um enorme céu azul consigas ver a luz.

- Que o fio de nylon que hoje percorres, invisível e fino, se alargue numa via láctea de estrelas para com elas caminhares em segurança e brilho.

- Que aquela ave que antes vias lá em cima a paiar e que hoje teima em não voar, ganhe balanço e que contigo se vá encontrar.


- E a vós que, depois das nuvens se dissiparem, depois do vosso caminho se alargar, e de lá de cima me conseguirem encontrar, me lancem os vossos pós de prelimpimpim para até vós conseguir chegar.



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