domingo, 28 de janeiro de 2007

Eu e a Música

Dei por mim num outro dia em pleno jantar a falar sobre a forma como a música entrou na minha vida. Vou ser brutalmente mal educada, porque sei que este post vai ser extenso, da mesma forma que a conversa que tive. Fases musicais? Muitas! Gostos musicais? Imensos!
Na minha infância ouvia o Brincando aos Clássicos da Ana Faria e as músicas que o meu pai ouvia... Beatles, The Who eram alguns... Música portuguesa pouco entrava lá em casa, apenas as músicas de festivais da canção, na altura vivido com intensidade por todo o país. Lembro-me de no infantário, teria eu uns três anos, cantarolar o Playback do Carlos Paião ao mesmo tempo que com os meus coleguinhas conduzíamos um carro imaginário. Já no colégio, por volta dos quatro, cinco anos, para além da música das aulas de Ballett (tocada por uma senhora já velhinha ao piano), cantarolava música de genéricos de desenhos animados. Ainda o vinil era rei e senhor, recebi o meu primeiro LP com uma colectânea Super 84. Culture Club, Yahoo, Zoom, Balão Azul eram algumas. Ao terminar a quarta classe recebi um gravador de cassettes e fiz a minha primeira gravação directamente da rádio. Três cassettes cheias de Live Aid! Conheci os U2...
As primeiras cassettes originais? Dire Straits e Mickael Jackson. Mas a grande viragem, o grande prazer pela música surgiu quando me apaixonei pela primeira vez. Paixão platónica sem sucesso... Aos doze anos ouvia Kenny Rodgers, Linda Ronstadt, Glenn Medeiros, Rod Stewart, Beatles, Meat Loaf... Tudo o que fosse calmo e desse para dançar agarradinha... Aos treze? Fase Rádio Cidade na altura em que era pirata... O que eu gostava dessa estação... Chorei quando a encerraram... Ouvia Rick Astley, Jason Donovan, Kylie Minogue, Madonna, Climie Fisher, Prefab Sprout, Samantha Fox, Bros, enfim... tantos... alguns que agora nem sei como gostei, mas que ainda me divertem quando oiço. A banda sonora do Dirty Dancing e do Top Gun acompanham-me desde aqui... Aos catorze finalmente música portuguesa! Rui Veloso marcou-me por ser o primeiro concerto que vi e pela Paixão (segundo Nicolau da Viola). Depois? Um hiato... Pump up the jam e a música electrónica, Dr. Alban e Vanilla Ice, Mata ratos apareceram... A música calma ficou de lado e deixei-me andar... Apareceram muitas músicas, algumas que me marcam, mas não o suficiente ao ponto de me recordar e colocá-las aqui. Grande mudança aos dezassete! Súbita paixão fulminante por Freddie Mercury. Cenário? Sintra, num palacete de um colega e posterior amigo colorido, numa festa de assalto de carnaval. Alguém que se senta ao piano e toca o "Bohemian Rapsody" a solo e instrumental... o mesmo alguém que agarra no baixo e toca, também a solo e instrumental, "Another one bytes the dust" e que termina não a solo e não em instrumental, com o "Wonderful tonight" do Eric Clapton. Apaixonei-me pelo pianista e baixista e pelos Queen. A paixão pelo pianista e baixista foi-se da mesma forma que apareceu. A paixão por Queen ainda hoje perdura e existirá enquanto viver. Foi em pleno metro com headphones que encontrei nova paixão musical, tão grande como a dos Queen, U2. Com dezanove anos, e após um atestado de grande ignorância musical moderna, conheci Aerosmith. Metallica, Guns 'n Roses, James e muitos outros já andavam a pairar a minha cena musical desde os dezassette, dezoito anos. E foi apartir daqui que comecei a criar o meu próprio gosto musical... Gosto de música pela música, gosto de música pelas letras, amo a música quando a música e as letras se conjugam harmoniozamente. E gosto de tudo. Há músicas para tudo... Até as chamadas "pimba" me divertem! (sei Mónica Cintra de trás para a frente e de frente para trás). Grupos de eleição? Muitos e de várias nacionalidades. Músicas favoritas? Pela qualidade e/ou pelas memórias:
One - U2
Bohemian Rapsody - Queen
Paixão - Rui Veloso
Don't wait that long - James
Blue Valentine - Tom Waits
Don't wanna miss a thing - Aerosmith
Come what may - BSO Moulin Rouge

1 comentário: