quarta-feira, 18 de março de 2009

Lágrimas de dúvida


Se procurar, não sente a falta
Se não procurar fecha-se, esquece e desiste

Se há jogo não é genuíno
Se não jogar, perde-se, desaparece, não resiste

Se está perto, bate forte, vive
Se não está, segue em frente e esquece

Fazer tudo por amor ou não fazer nada
Hoje parece ter o mesmo resultado

Lágrimas de dúvidas que cintilam
agarram-se aos olhos e não caiem

A Lua só é Lua quando o Sol existe...
O nosso mundo sem eles não resiste...

A Lua está cansada de procurar e não ser procurada
Depois de Armstrong, do momento da conquista
vive na ilusão do regresso daquele que teve a ousadia
de um dia em seu terreno virgem de amor pousar

As lágrimas que segura...
Prendem-se com a esperança
Que não chegue o dia em que desiste...



Catedral - Zélia Duncan:

"O deserto que atravessei
Ninguém me viu passar
Estranha e só
Nem pude ver que o céu é maior

Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar

É deserto onde eu te encontrei
Você me viu passar
Correndo só
Nem pude ver que o tempo é maior

Olhei pra mim
Me vi assim
Tão perto de chegar
Onde você não está

No silêncio uma catedral
Um templo em mim
Onde eu possa ser imortal
Mas vai existir
Eu sei, vai ter que existir
Vai resistir nosso lugar

Solidão, quem pode evitar?
Te encontro enfim
Meu coração é secular
Sonha e desagua dentro de mim
Amanhã, devagar
Me diz como voltar

Se eu disser que foi por amor
Não vou mentir pra mim
Se eu disser deixa pra depois
Não foi sempre assim

Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar"




Pic: Darkenlite

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