domingo, 24 de agosto de 2008

Vazio da casa saudade

Não sei se foi o fotógrafo, o deitar-me tarde dias seguidos, sem descanso diário, o dar por mim hoje a ver nascer o dia, sem ter dado pelo tempo passar. Não sei se é do cansaço da intensidade destes últimos dias, mas os dias dez e onze voltaram a mexer em mim, a tocar-me, revivendo em flashes os únicos momentos que teimo em não me recordar. Digo a boca cheia que não estou triste, e não estou, muito pelo contrário, que até nem saudades sinto, porque te sinto sempre em mim, mas hoje o nascer do dia fez-me engolir apressada a palavra saudade. Sinto, muitas... tantas que se me torna impossível identificá-las.

A saudade de ti é uma casa em mim plenamente habitada. Vives em mim e se sais para dar uma volta, o vazio da casa saudade mostra-me o quanto me fazes falta.

Mas não te preocupes, estou bem, com rumo e vontade de percorrer o mundo, com um sorriso sentido na face. Apenas fico apreensiva quando sais sem dar cavaco a ninguém. O que vale é que as tuas voltas são sempre curtas. Love U

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