sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A caminho...


Voltei ao bichinho da genealogia mas de uma forma diferente. Sem pai para mostrar as minhas conquistas e fazer um brilharete, sem família que sinta o que sinto da forma intensa que sinto.


Voltei ao bichinho por mim e para mim, sem qualquer objectivo final apenas o de sentir o caminho. Fazer o meu percurso, aprendendo sentindo o caminho dos meus ascendentes.


Voltei ao bichinho investigando história, contos e lendas fazendo uma festa e um urra! de vitória com qualquer novo dado adquirido. Mas a festa de arromba é quando me reconheço em traços bem ténues, nas características e vida dos meus ascendentes desconhecidos.

Estranho, mas fascinante...


Faço esta viagem em mim ao mesmo tempo que preparo a minha viagem de reencontro com uma investigação exaustiva que me tira horas de sono. Não quero ir visitar igrejas, catedrais ou outros locais de interesse cultural ou turístico. Quero ver onde nasceram, caminhar nas ruas que percorreram, inspirar o mesmo ar, sentir os mesmos cheiros, alimentar-me das mesmas comidas. Quero sentir o que sentiam. E ontem, no caminho para casa, ao pensar na viagem de daqui a uns dias, o que me completou entre locais a visitar, ruas a percorrer, foi a imagem de mim deitada no chão de um vale, no meio do nada, com as mãos a sentir a terra, a olhar para o céu, inspirando e vendo as serras.




1 comentário:

  1. Não sem família, antes com todos nós que te batemos palmas pelo passei que damos contigo hoje e agora que será para todo o sempre
    jinhos jinhos jinhos

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