segunda-feira, 2 de novembro de 2009

E é assim...

que fico...

Sem ar, sem fôlego, com dificuldade em respirar. Cheia de receios, mas com vontade lutar, saltar para fora da redoma para o meu sorriso voltar a abraçar. Que saudades...

Lembro-me de, com quinze anos, olhar para o meu espelho antigo, da cómoda antiga do meu quarto de criança e não reconhecer qualquer beleza ao espelho. Não percebia em que parte do meu rosto viam alguma beleza. Eu não via e pior ainda, não me identificava com o rosto que observava de frente e de esguelha. Ensaiava sorrisos de modelo, para fazer boa figura para as fotografias, mas nunca muito forçados, para não mostrar os dentes de coelhinho, e não gostava. Hoje, olho para as fotos antes do treino de espelho dos quinze e acho-me bonita, natural, criança. O posterior sorriso ensaiado tornou as fotografias ocas, desadequadas, sem graça.

Mas mesmo assim, sem ar, acalmo, aguardando o seu retorno, numa semana em que deito finalmente para o chão a minha maior máscara: o tapete afegã da segurança

Auch...

O que será, será...

1 comentário:

  1. já voltou.
    ali, no fundo da alma, o antigo sorriso voltou para ficar. e sua luz se fará externa a rebater em todos os espelhos. e será natural como a Lua cheia que desde ontem ilumina as noites...

    p.s.: estou feliz e honrado por estar aqui.

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