sábado, 10 de janeiro de 2009

Reconfortante


É reconfortante sentir que aquilo que criamos com amor é sentindo com amor por aqueles que nos amam.

Escrevi um livro sobre a história de vida do meu pai e dei-o pelo natal à minha mãe.

Criei-o com o objectivo inicial de manter viva a intensa vida dele nos nossos corações e de nos relembrar todos os dias, ou quando assim o precisassemos, tudo aquilo que nos ensinou.

Hoje, vejo que este livro é muito mais do que este primeiro grande objectivo...
É um objecto vivo que não foi escrito apenas a duas mãos...
Hoje sinto que as minhas mãos foram apenas um canal, que transpos para o teclado em doces palavras e recordações, mensagens e emoções, tudo aquilo que o meu pai me ía segredando ao de leve no meu coração.

É um livro que escrito a quatro mãos para dois pares de olhos encantadores o saborearem (a minha mãe e mais tarde a minha princesa), acabou, por admiração, por ser um motivo de reunião em alegria dos familiares e amigos que partilharam ou admiram a sua história de vida.

Mais uma vez o meu pai junta a família e os amigos, da mesma forma que o fez no dia da sua partida, como se a mandar novamente sinais de "ei! é isto que é importante... aproveitem a vida!"

Sinto-me a transbordar de ternura por todos os que se juntaram nestas últimas semanas para celebrar e recordar com sorrisos uma grande vida.

Beijos

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