terça-feira, 4 de março de 2008

Hey jude


Estava ali enroscada no sofá a ouvir o Sir MacCartney a tocar o Hey Jude e lembrei-me de ti. Lembrei-me da letra composta pela malta para ti e para mim nas férias da Páscoa de 1990.

E sabes, cheguei a uma conclusão de que as coisas mudaram em finais de 2001. O tal livro que precisava de ser fechado, que te falei... Lembras-te das minhas palavras? Até aí sempre que alguma minha relação começava a falhar, recorria em sonhos a ti. Tu salvavas-me em sonhos e resgatavas-me na realidade, porque afinal de contas acabavas por aparecer sempre.

Cheguei a essa conclusão hoje... o livro de sonhos contigo foi mesmo fechado, mas continua sempre ausente de pó, preservado, como se de uma relíquia santa se tratasse.

Não é que já não precise que me resgatem, mas passaste de um amor ausente para um amigo, anjo, sempre presente, mesmo que por vezes distante.

Sonhos? Continuo a tê-los... mas num outro livro cada vez mais esquecido. Escondo-o e volto a procurá-lo de quando em vez. Volto a escondê-lo sempre em sitios diferentes para me proteger. Volto a ir buscá-lo e a guardá-lo. Mas sabes? Tenho medo de um dia o esconder tão bem que o perco de vez.




1 comentário:

  1. Quando comecei a ler este post senti-me inundada pelo "hei jude", e apesar de não fazer a mínima ideia do que irias falar, já estava hipnotizada pela ilustração fantástica que legeste para partilhares este momento connosco...
    Fui-me perdendo várias vezes enquanto lia este post... E, sabes?
    Tenho o mesmo medo que tu... que um dia me esqueça onde escondi essse meu livro secreto de sonhos...

    Beijos doces

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