quinta-feira, 16 de julho de 2009

Long time no see

Se me desse agora para escrever, oh! Estou a escrever agora… Perguntar-me-ia “que baboseira escreverei agora”. Estou impregnada de vícios sem querer… Pequenos prazeres que me fazem apagar por momentos aquilo que quero esquecer. Afasto-me deste blogue sem vontade de escrever, por necessidade de fechar os olhos ao que não está perfeito, mudar um pouco da rotina, para olhar de fora com olhos de ver. Não tenho vontade, necessidade, prazer de escrever e muito menos inspiração. Sinto-me oca de sentimentos puros, transparentes e românticos. Vazia de profundidades que tanto ocupam o meu ser. A vantagem ou as vantagens… apenas penso no necessário, apenas penso no momento. Os sonhos que se haviam apagado das minhas noites voltaram mais confusos que nunca, com personagens reais há muito desligados, com cenários dantescos ou de sonho. Embrenho-me nos vícios, novos vícios, que descubro agora enquanto escrevo, que preenchem o que na realidade vou perdendo… Romantismo, amor puro, apaixonante, coração galopante e menos importante, mas mesmo assim necessário, conquistas e dinheiro (ficticio, uma ilusão). Tornei-me numa fã tipicamente adolescente na leitura da saga “Luz e Escuridão”, encantada com um jovenzito de 26 anos com sotaque muito British e ainda por cima vampiro! Ainda há amor assim? Bom, a OST passa sem parar no leitor do carro com Muse a abrir, o DVD é o especial e os quatro livros, mesmo a arrebentar de trabalho, foram lidos no espaço de duas semanas e meia. O escape e livros de ajuda a adormecer por força do cansaço. O outro vício, Mafia Wars, que em nada teria a ver comigo até o primo Ju, de coração puro, me transmitir a vontade de envolver nestas andanças. Novo escape... E assim balanço… Uns dias a Saga, outros dias a Máfia… conforme as necessidades.
Não quero pensar demasiado fora da hora de trabalho. Não quero não ter vontade de me deitar. Não quero rebolar na cama com preocupações. Não quero sonhar acordada com resquícios do passado. Com ontem aprendo, com hoje vivo, amanhã é uma incógnita. Se hoje me dá para não pensar demasiado, para não sonhar com o inalcançável, é porque algo em mim me força a o fazer, nem que seja para me proteger. A teimosia é uma qualidade até à altura em que começa a roçar a burrice. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura… com que consequências? As gotas lutadoras escarrapacharam-se na pedra, os seus restos evaporaram-se… e a gota vencedora perde-se num escuro e fundo buraco!

Isto é o resultado de escrever sem vontade.

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