quarta-feira, 7 de maio de 2008

Visita-me


Visita-me nesta minha casa inacabada e sempre em ebulição
Onde por vezes as janelas parecem fechadas mas por dentro não
Onde quando escancaradas inundam de luz esta única divisão

Aqui a consciência e a idade da inocência convivem a sós
E sabes? Dão-se...
A consciência organiza o espaço, a inocência dá-lhe calor
A consciência arruma o alvoroço do calor da inocência
O calor da inocência desorganiza o espaço e questiona a consciência do seu valor
Mas a inocência protege-se no espaço e a consciência aconchega-se no seu calor

Visita-me nesta minha casa inacabada e sempre em ebulição
Onde a única porta que nunca se fecha é a do meu coração


Pic:
joneartista

2 comentários:

  1. Knock, knock!

    Abre a porta, minha flor.
    Pois aqui fora faz sempre mais frio que dentro de teu coração.

    Beijinho terno

    ResponderEliminar