segunda-feira, 25 de junho de 2007

Espreito

Entre montes altos e limpos e vales sombrios
E coisas que parecem não ter fim
Copos de água morna e gelados moles
Caminhos escondidos e espaços secretos
Chás quentes e saborosos
Estradas compridas e dormentes
Raios, relâmpagos e trovões
Árvores velhinhas e formigas pequeninas
Folhas salpicadas de gotas esquecidas
Cheiro a terra molhada e ervas daninhas

Entre coisas feias e bonitas
E momentos que parecem não ter fim
Nenúfares a boiar a tapar o céu dos peixinhos
Peixes voadores a espreitarem o céu
Bichinhos de conta que teimam em se enrolar
Areia fina e quente de final de dia
Vegetação intensa e verde
Macacos salteadores e brincalhões
Cobras compridas escorregadiças e ameaçadoras
Lençóis brancos, macios e a cheirar a lavado

Espreito com ar maroto e ternurento e aguardo o teu olhar.
Sabes…
Quando os teus olhos encontram os meus
Nada me consegue assustar
e todas as coisas bonitas redobram e fazem-me pasmar

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