Ano de dor, surpresas e desaconchego
Já pensei em ter vários blogues, todos eles com vários temas, mas cheguei a uma simples conclusão... Estariam sempre desactualizados e teria sempre dúvidas sobre em qual escrever, o que provocaria uma cada vez maior ausência deste espaço. Assim sendo, Procellarum ou Face Oculta, é tudo o mesmo... Sempre a mesma luz, sempre a mesma escuridão, sempre a mesma clarividência, sempre a mesma confusão. EU
domingo, 30 de dezembro de 2007
See U 2007 Hello 2008
Ano de dor, surpresas e desaconchego
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Diálogos cinematograficamente Sentidos
"William Parrish:
- Love is passion, obsession, someone you can't live without. If you don't start with that, what are you going to end up with? Fall head over heels. I say find someone you can love like crazy and who'll love you the same way back. And how do you find him? Forget your head and listen to your heart. I'm not hearing any heart. Run the risk, if you get hurt, you'll come back. Because, the truth is there is no sense living your life without this. To make the journey and not fall deeply in love - well, you haven't lived a life at all. You have to try. Because if you haven't tried, you haven't lived.
Joe Black:
- So that's what love is according to William Parrish?
William Parrish:
- Multiply it by infinity and take it to the depth of forever and you will still have barely a glimpse of what I'm talking about.
Joe Black:
- Those were my words.
William Parrish:
- They're mine now...
CdaPluma:
"William Parrish:
- It's hard to let go, isn't it?
Joe Black:
- Yes it is, Bill.
William Parrish:
- And that's life..."
Skywalker:
"William Parrish:
- I thought I was going to sneak away tonight. What a glorious night! Every face I see is a memory. It may not be a perfectly... perfect memory. Sometimes we've had our ups and downs, but we're all together, And you're mine, for a night. And I'm going to break precedence and tell you my one candle wish: that you would have a life, as lucky as mine where you can wake up one morning and say, "I don't want anything more." 65 years, don't they go by in a blink?"
Porque há diálogos que fazem sempre sentido.
De um dos meus filmes favoritos, banda sonora favorita e guião de eleição - Meet Joe Black
UnFormat M:
.....................................................
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Pára...
Apenas não pares para comer
Encontro paciência em mim
domingo, 23 de dezembro de 2007
Um dia
Café igual a ritual, mexer, encostar, prazer, lento, relaxe, quente, aconchegante, apaixonante, momento e viciante.
Mas o ritual de rasgar despachadamente o pacote de açúcar para dar início ao meu deleite, mudou há já alguns dias. Agora o ritual começa mais cedo... Desde que o café poisa na mesa. Olho para a chávena e para o pacote de açúcar. Se é amarelo, sorrio. Viro-o para mim... Se o Um Dia é um desejo, volto a sorrir, dobro o pacote delicadamente aberto a meio e deixo a frase virada para mim em cima da mesa. Só depois deleito-me. E bebo o café em tragos suaves, lentos e vagueio no meio do Um dia. (muitas vezes vem parar ao bolso das calças para me lembrar de não esquecer).
Brilhante Nicola! Mesmo ao passear pela rua ao ver os Mupis "Um dia..." sorrio. Uma boa forma de começar o dia... com um café.
Um dia fujo do trabalho para brincar com a minha filha Um dia ponho a mochila às costas e vou conhecer o mundo Um dia levo-te a andar de balão Um dia peço-te em casamento Um dia escrevo-te uma canção Um dia encho-te o quarto de flores Um dia vou morar para a beira mar Um dia a minha vida vira um livro Um dia desato a cantar na rua Um dia farei de ti a pessoa mais feliz do mundo UM DIA NUNCA MAIS DIGO "um dia" Um dia largamos tudo e fugimos juntos Um dia abro um negócio só meu Um dia encho-te o quarto de flores Um dia danço contigo no meio da rua Um dia faço uma tatuagem... Um dia juntamos as escovas de dentes...Um dia beijo-te a meio de uma frase...
HOJE É O DIA !?
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Wish upon a STAR
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Descolagem
Estrelas e borboletas
Brilhantes e esvoaçantes
Voo e vejo planetas
rios e terras verdejantes
Nuvens escondidas
Fofas mas penetrantes
Salto, furo e voo
ondas de ar flutuantes
Frio gélido que arde
que corta e greta dedos
repuxa estala lábios
Voo, rodopio, estico-me
a uma velocidade estonteante
Abro olhos colados em esforço
abro a minha boca em espanto
Voo, giro, sorrio
vejo, mergulho e sinto
Era isto...
É isto...
O mundo...
Custa descolar para o descobrir, redescobrir e sentir
Pic: living-oxymoron
domingo, 16 de dezembro de 2007
How to Save a Life
How to save a life...
Step one LISTEN
8. Hold still
15. Let it go
Don't be Scared...
... scared of Death
LAUGH
18. Talk to someone
45. Touch
Breathe
22. Cry
23. Accept
7. Forgive
Release
HAVE FAITH
Surrender
1. LOVE
Secure
86. Open Up
REMEMBER
99. Say Goodbye
(The fray)
Coincidência Feliz
Objectivos 2008 - 1
sábado, 15 de dezembro de 2007
Momentos de priincesa
(A amiga Maria abre o pacote de tiras de milho e tira uma e dá-lhe...)
Amiga Maria: ... pica na lingua...
(ela olha com olhos de desconfiada para a tira de milho picante cheia de manchinhas...)
Filha: Mãe... não gosto destas batatas... têm sardas...
Pai: Filha... estás bonita!
Filha: é... a mãe deu um jeito...
Filha: Mãe... o pai não te emprestou as luvas?
Mãe: Não amor, a mãe não pediu.
Filha: Quando chegarmos a casa vou ter de falar com ele
Mãe: Não é preciso meu amor, a mãe pede da proxima vez
No supermercado, já na caixa de pagamento o operador de caixa faz uma chamada de telemovel enquanto nos atende. A miuda, dentro do carro de compras, fica muito atenta a ouvir a conversa. Quando a conversa termina...
Filha - Estavas a ligar para casa?
Operador de caixa: Sim... estava a falar com a minha mãe. Sabes? Mandou-te um beijinho...
E ficou feliz da vida...
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Amigo Azul
Rewind
Não quis parar. Queria saber aonde chegaria, onde tudo tinha começado, em que altura e porque motivo a minha auto-estima teria ficado em baixo. Cheguei ao fim... e descobri. Nos meus vinte anos. Os motivos? Deprimentes e básicos, mas indubitavelmente a razão para o inicio do raio de uns momentos ocasionais exasperantes. Penso... não os consegui ultrapassar? Tinha e tenho a certeza que sim, mas então porquê a partir daí? Não entendo...
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Champagne
Em pequena a minha mãe não me deixava sequer lamber a colher do café que poucos minutos antes tinha mexido vigorosamente num café cremoso, quente e aparentemente doce. Sonhava em crescer para agarrar numa chávena pequenina e beber um café cremoso com o dedo mindinho espetado.
Em pequena os doces eram erradicados das minhas redondezas, era vetada qualquer tentativa de me lambuzar com um chupa, saborear rebuçados ou mascar chewingam. Os chocolates um quadradinho de quando em vez, marshmallows raramente, gomas... a 30 de Fevereiro. Ansiava começar a receber a semanada para poder comprar (às escondidas) gomas coloridas, chewingam e chupas.
Em grande... Odeio Champagne! Festejo com doces!
domingo, 9 de dezembro de 2007
Voltei...
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Até Já
Com mil motivos, mil razões...
Se acabou?
Não...
Nada acaba...
Tudo fica
Da mesma forma que os mil motivos e mil razões não deixam de existir, este blog irá persistir... sabático.
Tempo para mim, de introespecção total.
Por todas as tormentas deste Oceano, por toda a tranquilidade por vezes existente, por todos os sonhos não realizados, por todos os momentos quentes, por todos os sorrisos sinceros e presentes.
Aos fieis seguidores, aos pirilampos que aqui e ali foram aparecendo, surpreendendo-me e mimando-me sempre com doces comentários é apenas um...
ATÉ JÁ
Como...
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Wind Beneath My Wings
Quando a dançava abraçada a ti, no auge dos meus 15 anos, nem ligava à letra, apenas sentia liberdade, paz e muita luz.
Hoje, num dia psicologicamente desgastante, em que toda a força que tenho tido para os meus amores, em que todo o equilibrio que tenho mantido, tendeu em derrapar, fui presenteada por um anjo, que teima em nunca me abandonar. Sabias que existem anjos que enviam emails? Este lindo anjo, mais uma vez, acertou em cheio... na hora H... Que bom...
E sabes? Associei a música logo a ti, mas não tive a mesma sensação de liberdade, paz e luz que sentia aos quinze anos. Afinal de contas e passado tanto tempo tornámo-nos manos. Foi uma valente misturada porque desta vez ouvi com atenção, sem ligar apenas à melodia e ouvindo o meu coração.
Descobri que sou ave, descobri que sou vento.
Descobri que sou força pelo amor e protecção que dou aos meus patinhos e que sem eles para amar e proteger a minha força nunca surgiria, nunca conseguiria voar.
E descobri que no meio das minhas derrapagens, dos poços de ar, existe sempre alguém que ajudo a voar.
Beijos
"It must have been cold there in my shadow,
to never have sunlight on your face.
You were content to let me shine, that's your way.
You always walked a step behind.
So I was the one with all the glory,
while you were the one with all the strength.
A beautiful face without a name for so long.
A beautiful smile to hide the pain.
Did you ever know that you're my hero,
and everything I would like to be?
I can fly higher than an eagle,
for you are the wind beneath my wings.
It might have appeared to go unnoticed,
but I've got it all here in my heart.
I want you to know I know the truth, of course I know it.
I would be nothing without you.
Did you ever know that you're my hero?
You're everything I wish I could be.
I could fly higher than an eagle,
for you are the wind beneath my wings.
Did I ever tell you you're my hero?
You're everything, everything I wish I could be.
Oh, and I, I could fly higher than an eagle,
for you are the wind beneath my wings,
'cause you are the wind beneath my wings.
Oh, the wind beneath my wings.
You, you, you, you are the wind beneath my wings.
Fly, fly, fly away. You let me fly so high.
Oh, you, you, you, the wind beneath my wings.
Oh, you, you, you, the wind beneath my wings.
Fly, fly, fly high against the sky,
so high I almost touch the sky.
Thank you, thank you,
thank God for you, the wind beneath my wings"
(Wind Beneath My Wings - Bette Midler)
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Blackout
Vegetal
Coerência... toda
Racional
Coincidências... nenhuma
Transcendental
Medo... muito
Animal
Vou vadiando num tunel em que me afasto das paredes, com medo das aranhas, do lado esquerdo ao direito. Sempre no meio de olhos fechados e sem mãos para me guiar. Sigo em frente e forço-me a esquecer do medo sob pena de voltar. É para a frente que tenho de caminhar. O que vejo, se estou de olhos fechados? Só eu sei... fechei-os para não me assustar. Ruídos só os meus... ocupo as minhas mãos tapando os ouvidos numa tentativa desesperada de não me perder com qualquer outro ruído que não o meu. Preciso de me equilibrar. Deixem-me estar. Deixem-me avançar olhando para dentro... só assim consigo chegar.
domingo, 25 de novembro de 2007
Vinil
A minha mensagem?
"When you're down and out
There seems no hope at all
But if you just believe
There's no way we can fall
Well, well, well, well, let us realize
That a change will only come
When we stand together as one"
E ía agora ao You Tube buscar o html para adicionar o tão desejado videoclip, e a página está "Http/1.1 Service Unavailable". Uhm... O "Porque não te calas" já deve estar a fazer os seus estragos...
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Está...
Quando não há sorrisos que acalmem um coração a gritar
Quando não há nada a fazer para quebrar o desalento
Só há uma coisa a fazer... estar
Eu estou daqui a abracar-te
sem sorrisos, porque não consigo
sem palavras, porque não me saiem
mas estou a tentar agarrar-te
Não caias, não podes
Pára, sente-te, encontra-te
Dá-te a quem realmente te merece
Tudo o resto, hoje, amanhã...
Esquece!
Aqueles que não compreenderem, não te abraçam
Quem de ti gosta, há-de sempre estar
Eu ESTOU
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
De Alimentar a Sentir o mundo (de 84 a 00)
De 1984
a 2000...
Crescemos, mudámos, individualizámo-nos demais... mas a consciência existe e somos mais, nem que seja apenas no fim... Confesso que me atrai mais o de 1989 pela alegria, jovialidade, consciência de grupo e pelo saudosismo de uma época que para mim, ainda criança, ainda não me dava preocupações. Mas também me chegam lágrimas aos olhos quando ao olhar e ouvir o de 2000, vejo a coerência e persistência de pessoas como o Bono e o Bob, a pureza e suavidade das novas meninas e acima de tudo o continuar a acreditar.
Que seja mais um principio... De alimentar a sentir
Gostava... posso?
Eu quero ou queria, sempre foram palavras rasuradas no dicionário verbal lá de casa.
Em sua substituição por muito que quisesse apenas diria gostava ou gostaria.
E então? Digo eu ao fim de 33 anos. Em prol da boa educação e dos bons costumes sempre gostei, sempre desejaria, muito tive e pouco queria. Resultei numa filha única pouco egocêntrica, pouco egoísta, e pouco mimada. Penso que o resultado pretendido foi atingido...
E agora? (posso dizer?) É que eu... queria... tanta coisa. É que eu queria... ser corajosa e destemida. É que eu... queria ter equilibrio... É que eu queria dar e receber na mesma proporção... É isso. Eu não queria, eu gosto, gostava, gostaria... Ai! (eu quero!)
ouvindo: Padoce de ceu azul - Lura
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Que...
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Interrogação ou Freedom??
Até há uma semana atrás tinha dois sonhos que me marcavam a vida. O sonho de infância recorrente em que um lobo mau me perseguia à volta do palco da escola. E o sonho recorrente de adulta daquela casa sempre igual que terminava sempre numa divisão diferente. Não os tive mais e nunca os hei-de esquecer. No sábado passado em pleno descanso este sonho inundou-me por completo. Por medo, receio, segurança e insegurança, por todos os sentimentos arrebatadores e intensos de dúvida. Não o esqueci. Acordei a caminho de... Acordei a tremer, cheia de medo. Acordei com um ponto de interrogação na minha cabeça "O que é que isto quer dizer?". Hoje, ainda hoje, consigo lembrar-me de todos os seus minimos detalhes e o ponto de interrogação ainda me vai passando pela cabeça. Mas já não me assusta...
Ouvi enquanto escrevi - "Freedom" da BSO Braveheart
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Saco vazio???
- Ahn?
O que gostavas que o Pai Natal te desse?
- Um presenti!!!!
Sim, meu amor, mas que presente gostavas que ele te desse?
- Um Noddy!
Oh meu amor, tu já tens dois iguaizinhos...
- Ah... pois é... tem razão!
Então o que é que gostavas que o Pai Natal te desse?
- aaaaa.... uma árvori de Natali!!!!
Mas a árvore de Natal não é o Pai Natal que traz, somos nós que a fazemos para dar boas vindas ao Natal... Então o que é que o Pai Natal te vai trazer?
- Mais nada.
PIc: g-i-g-a-s
domingo, 11 de novembro de 2007
Não sou
Trocas iguais
Engraçado que entre agnósticos, médicos e aqueles que, tal como eu, se rendem pelo simples aconchego da palavra acreditar, tivemos uma conversa saudável que sem ser limitada, respeitou os limites de cada um.
A palavra coincidência surgia de todos os lados, eu traduzia-a para sinais, caminhos, para energia e comentava que não achava uma coincidência estarmos ali todos juntos, mas sim que algo nos fazia juntar, aproximar-nos daqueles que nos fazem sentir bem, em quem nos reconhecemos de alguma forma.
Cada um tem o seu ritmo, a sua função nesta grande aldeia. Esta aldeia precisa de agnósticos com foco nas coisas práticas da vida, coisas que os (se quiserem chamar) lunáticos, tal como eu, não têm propensão para. Precisa de médicos, de ciêntistas que nos segurem e nos dêem segurança quando o "acreditar" teimar em nos deixar. E precisa daqueles que sem prova, sem nada, apenas com o seu sentir, acreditam na infinita probabilidade da existência de algo mais, que nos move, que nos faz amar, juntar, viver e acreditar.
É essa a magia... nós, seres humanos mágicos por natureza, todos diferentes e em constante equilibrio.
Gostei particularmente do abraço de final de noite à médica de serviço que em surdina me disse: "Amiga... adorei a nossa conversa. Podes não acreditar, mas vou com outro ânimo para o banco de 24 horas, a começar já daqui a quatro..."
sábado, 10 de novembro de 2007
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Perspectivas
Procuro diferentes formas de olhar, cada uma sempre mais perfeita que a anterior, agarro-me de pés para o ar, sorrio com cada vitória em algo bonito encontrar...
Idealizo novas posições para me acomodar, encaixo-me de forma a não me magoar e continuo de pés para o ar, à procura de algo em que me agarrar para me impulsionar...
Diferentes perspectivas, diferentes olhares, mas nada que me dê o momentum para girar e voltar a descansar.
Já faz muito tempo...
Pic: kuschelirmel
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Busca...
Não interessa o ser perfeito, apenas à espera de um qualquer agradecimento
Não interessa a preocupação, da nossa excelência da nossa perfeição
em dar a cara por não excelências e imperfeições não nossas
quando todos os caminhos e forças teimam em desencontra-se
Ninguém o faz por nós, ninguém rema como nós, quando a busca pela excelência, a perfeição se encontra apenas de um lado, o nosso.
O que interessa não é o reconhecimento ou ainda melhor o agradecimento dos outros.
O mundo avança tão rápido sem dar tempo ao tempo para nos encher de ego.
O que interessa é sentir que nos reconhecemos quando olhamos ao espelho, que a busca para a nossa perfeição e excelência faz parte do nosso caminho e que nos esforçamos por isso, seja ele a escolha certa ou errada, mas sempre certa para nós num dado momento da nossa vida.
O que interessa é sentir que percorremos este caminho, este nosso caminho, e que minimizamos o impacto que as nossas escolhas positivas têm de negativo nos outros.
Quero morrer descansada, sem nada por que me arrepender. Quero seguir esta minha viagem sem ficar nada do que sinto por dizer, por meias palavras ou por palavras inteiras. Encher a boca para dizer "Amo-te" e sentir que até essa expressão é uma meia palavra por nunca conseguir preencher por completo as necessidades de explodir com o que sinto. Quero viver relaxada sem ter medo de um dedo apontador. Quero aceitar os maus momentos como sendo uma ínfima parte de um belo todo que preenche todo o meu caminho para ser. É só nisso que tento ser excelente, é só nisso que procuro perfeição, não no meu eu, mas na minha busca pelo meu todo.
domingo, 4 de novembro de 2007
Dos 38 graus aos 4 e dos 4 aos 18 num dia
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Bikinis e Sapatos
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
daqui deste lado
tristeza que me enche o coração
como se de um sentimento
de abandono se tratasse
só? não...
tenho o coração cheio de gente
que me acompanha e preenche
mesmo não estando presente
sei que volto, acho...
sei que quando voltar
reencontro o que me preenche
o que me arrebata e aquece
mas este vazio que me inunda
que hoje me afoga e arrefece
não me permite pensar, sonhar
naquilo que amanhã me aquece
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Luz
Vêem a luz daí?
domingo, 28 de outubro de 2007
Ciau
My Moleskine in Transit (Milan)
My Moleskine in Transit (PT)
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Onda
A questão é o tempo que nos aguentamos em pé, perfeitos, numa onda imperfeita de cinco metros que parece estar sempre a querer rebentar.
Não me importo da existência da tuburlência enquanto sentir que estou a tempo de voltar atrás, de saltar para a calmaria e aguardar uma nova onda em paz.
Até já meus amores
Love U até ao fim do mundo, Love U como daqui à Lua
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
fraco vs forte
Hoje senti-me apertada, atada dos pés à cabeça, muda sem conseguir gritar, cega de tanto chorar. Hoje o sentimento de incapacidade irrigou-me o corpo por completo. Hoje a frieza, os interesses, os jogos, os segredos encheram de mágoa o meu coração. Não há pessoas fortes e fracas, não consigo, nem considero sequer ponderar essa opção. Há sim pessoas sensíveis e insensíveis. Se a sensibilidade é considerada por alguns como fraqueza, então deixem-me ser fraca, não me deixem desligar o meu coração.
domingo, 21 de outubro de 2007
OBRIGADA
Há exactamente um ano atrás arranquei com o meu Procellarum.
Há exactamente um ano atrás passei a fazer da escrita algo frequente, como não havia feito até então.
O estranho hábito, o estranho vicio de escrever aquilo que sinto todos os dias ajuda-me a descobrir-me e mesmo triste acabo sempre por encontrar forças nas minhas próprias palavras.
Este blog faz parte do meu caminho, é parte de mim... está comigo nos momentos tristes, de sufoco, em que todas as palavras me parecem sempre insuficientes para definir o que realmente sinto. E não me esqueço dele quando estou feliz, quando me sinto forte.
Obrigada a todos os que me acompanham nas minhas alegrias e tristezas, que me comentam com palavras sempre tão doces. Obrigada aos que não comentando me visitam assiduamente, demonstrando de longe o vosso amor e carinho.
Este blog existe porque nós existimos.
Há um ano atrás...
sábado, 20 de outubro de 2007
A meio caminho de um bengaleiro
Só quero deixar andar
Não me quero sequer preocupar
Não quero deixar-me afectar.
Mas deixo sim...
Tudo me afecta e tudo me atinge
Tudo me preocupa e aflige
Mas tento não pensar
Tento não me preocupar
Olho em volta
foco-me num qualquer lugar
alcanço-o de repente
para conseguir dispersar
E consigo...
Perco-me no meio da paz
Perco-me no meio do nada
E quando volto ao anterior lugar
Tudo o que me afecta e atinge
Tudo o que me preocupa e aflige
Sem perder importância ou peso
Parece mais simples de ultrapassar
Mas ontem no meio de luzes, de espelhos, de fumo, de muita música, de muita alegria
A meio caminho de um bengaleiro, a esgueirar-me por entre tantas pessoas que dançavam
Senti que algo falhava... e não me foquei num qualquer lugar... não me foquei em nada... deixei-me levar pela corrente de pessoas estranhas por onde roçava, por entre pensamentos inalcansáveis, pelo bater inesperadamente triste do meu coração... e vivi o momento. No caminho de retorno tudo pareceu mais simples. Vinha a dançar...
terça-feira, 16 de outubro de 2007
I can see the world through you
Parem, olhem, sintam… [ouvem?] … admirem… apreciem um vosso momento…
Eu estou aqui a lutar com janelas entreabertas, a agitar tochas, a enviar amor para que a escolha de um qualquer vosso caminho não seja tão penosa.
Sigam o vosso “cacum cacum”, o vosso “tic tac” e deixem-se levar.
Em qualquer caminho estou aqui para vos abraçar.
Eu também me estou a deixar levar…
“You don't understand me now.
I wonder if you ever will.
I wonder if you'll ever try.
And don't get sad about all the strange things I wrote.
They faded as the ink dried.
So I say go, go hold your fists high
Grow. Slow. Stand up for the fight though I hope you never have to.
So I say run, run my sparkling light
Have your fun and then come home at night.
I'm sure you'll tell me something new.
I can see the world through you.
Frozen lakes and ice storms most you'll cross on your own.
You'll face the biggest landslides.
I'll catch you on the hardest falls.
I'll carry you inside these walls.
We'll sing through all the highest tides.
So I say go, go hold your fists high
Grow. Slow. Stand up for the fight though I hope you never have to.
So I say run, run my sparkling light
Have your fun and then come home at night
I'm sure you'll tell me something new.
Things you did and things you'll do
I can see the world through you”
Letra de música “I see the world through you” – David Fonseca in “Dreams in colour”
Pic: Lusac
domingo, 14 de outubro de 2007
Faz hoje...
Agradeço-lhes por me terem feito assim deste jeito, cheia de defeitos mas cheia de sorrisos e de alegria pela vida, mesmo quando tudo caminha ao contrário, quando tudo parece andar do avesso.
Sou uma miúda de sardas, uma lua sardenta, que é levada pelas marés sempre com um sorriso.
Sou uma catraia de caracois que apenas quer prados, bosques, montanhas rochosas e luminosas para admirar.
Sou uma mulher apaixonada e devota por todos aqueles que me flecham o coração. Quem cá entra não mais sai. Quem me flecha recebe o meu em bruto, sem máscaras, sem muros, cheio de sonhos de menina.
Sou uma mãe louca e embevecida pela minha lua pequenina em tamanho mas grande de tanto amar.
Sou a maior admiradora de tudo o que em câmara lenta se ilumina.
Sou esperança no meio de lágrimas.
Sou a filha dos pais mais bonitos que existem.
Escolhi-os a dedo, ahn?
Faz hoje 33 anos que comecei a viver estas delícias.
sábado, 13 de outubro de 2007
Arg!
Ultimamente não passa um dia em que o meu coração não teime em disparar.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Pé
És a única parte de mim que toca no chão e me embala, quando todos à minha volta me fazem adormecer
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Um dia
Quando tudo o que hoje achamos demais
se tornar em apenas troncos caídos no chão
e ao olhá-los lhes encontrarmos tamanha beleza
Um dia
Quando o nosso eu deixar de querer evidência
Quando deixarmos de medir forças e de guerrear
Quando em nós encontrarmos paz e a soubermos partilhar
Nesse dia havemos de deixar que o momentum ganhe o seu lugar
Nesse dia, havemos de nos encontrar e só isso irá importar
domingo, 7 de outubro de 2007
Encontros
Estava na esplanada do jardim, a fotografar os reflexos dos edifícios no lago, a ouvir a minha filha ao fundo a imitar o grasnar dos patos, a ver o céu, a sentir o sol a adorar os meus braços, a aquecer as minhas costas... Meio cá, meio lá. A observar e inspirar tudo o que me rodeia, a pensar como tudo não é coincidente. A lembrar-me do marasmo da manhã e do nada que assimilei para mim. Mais uma vez, tudo decorria em câmara lenta, todos os milésimos de segundo soavam a importantes. De relance algo me captou. Voltei a olhar. Inspeccionei ao detalhe a figura que se encontrava sentada ao meu lado. Desportivo, musculos lisos bem delineados, elegante. Mas algo me fazia voltar a olhar. Eram os olhos... Ao invés de um cabelo curto e moreno, tentei visualizar uma cabeleira loira e lisa. Ao contrário de uma cara com traços rígidos, tentei encontrar umas bochechas rosadas. O telefone tocou... A voz era a mesma, mas mais grossa. Era ele, não era? Fiquei na dúvida enquanto bebia o café. Continuei na dúvida quando me decidi a ir embora. E quando me levantei pensei "Mais vale fazer figura triste do que ficar uma semana a pensar". Aproximei-me da mesa, agachei-me e perguntei:
"Desculpa incomodar... mas... és o André?"
Olhou-me nos olhos e levantou-se de repente. E sem palavras, apenas com o meu nome, abraçou-me ao fim de dezoito anos. E que bem que me soube esse abraço. Ficámos na conversa enquanto a pequena lua e o pai se afastavam para irem brincar com os cágados. Situámo-nos em termos profissionais e de vida. Apontei para a pequena lua e disse "É a minha filha". Comentou que tinha reparado nela a brincar mas que não se tinha apercebido da minha presença. E como é usual em amigos e colegas de infância começámos a falar daqueles com quem ainda mantemos contacto. Ficámos com os contactos um do outro para ver se "um dia destes" combinamos um jantar com todos aqueles que conseguirmos apanhar o rasto.
O engraçado de tudo isto é que de facto a vida surpreende-me a cada dia que passa. Só precisamos de estar atentos a tudo o que por nós passa.
Tenho encontrado vários nossos ex-colegas do colégio, graças à renovação de geração no colégio, a geração dos nossos filhos, a qual coincide com a geração dos pais, mas ao fim de dezoito anos, num lugar onde nada me o faria encontrar, encontro-o assim sem que nada me fizesse esperar.
O mesmo aconteceu com o meu pai e a mãe dele há... vinte e nove anos atrás. Quando depois de anos sem se verem, tendo a última vez sido ainda em Lourenço Marques, se encontraram assim sem que nada estivesse previsto, numa festa de Natal do Colégio dos filhos. De certo que o abraço deles na altura correspondeu em pleno ao saboroso abraço que hoje senti.
Costuma-se dizer que a vida é feita de encontros e desencontros. Eu prefiro o contrário.
Que a vida seja feita de desencontros para por fim, num qualquer lugar, nos podermos encontrar.
É esta a luz...
Acreditar e não desesperar.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
O orgulho, ainda...
Devíamos todos gritar assim
Devíamos todos lutar assim
Devíamos todos acreditar assim
A paixão emociona-me.
Sou apaixonada por natureza
Emociono-me com frequência.
Voa
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Sorri...
Mesmo com o meu sorriso, com a minha força e a minha vontade de em tudo e todos acreditar.
Todos os dias me esforço para todos ver bem...
Todos os dias me apetrecho de armas e luto... luto por um sorriso.
Mas ultimamente os sorrisos à minha volta teimam em não abundar...
A força que vou tento para ti, para ti e para ti, está-me a deixar enfraquecida e hoje começo-me a abandonar...
Sei que me agarro, sei que sou valente, mas estou a precisar de me reabastecer... de sorrisos, de amor e de confiança.
São eles que, juntos, apetrecham esta minha arma...
Só quero lançar sorrisos...
Setas de ternura, de amor, esperança e confiança...
... sinto que é esse o único motivo para cá estar... para ser mais uma nesta espectável e infindável cadeia de sorrisos universal.
O mundo precisa de mais Guilhermes Tell de amor e sorrisos.
- Em posição! Disparem!
Red
Quando tudo é recambolesco ao ponto sequer de ser impossível imaginar
Quando nada bate certo e o azar tende a não nos deixar
Quando a inércia nos prende para num outro lugar ficar
e quando todos os meus sonhos tendem a não se realizar
Dou um giro sobre mim mesma e tento parar aonde o meu coração me mandar
Não tem parado no sítio certo e por isso continuo a girar
Uma roleta russa de sentimentos que me leva a parar ainda no preto por tanta ânsia de chegar.
Vermelha é a cor e ainda lá vou parar.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
B Positive L
há sempre um farol que nos mostra o caminho e nos faz continuar a acreditar.
Anda, vem, vês a luz?
Agora precisamos de lutar com todas as forças que temos, mostrar a luz a quem ainda não a vê, e todos juntos com garra e sempre a acreditar, havemos de lá chegar.
Força, acredita e passa a mensagem.
Eu estou aqui ao lado nesta viagem.
Pic: loximaxus
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Ali?
Como aquela ali?
Sózinha mas sempre lá em cima?
De que serve voar sozinha?
Mesmo que seja lá em cima...
domingo, 30 de setembro de 2007
MAD
Sei que me lês...
Parabéns mano!
Deixa-me fazer as contas...
Conhecemo-nos com nove anos... (há 24 anos)
Detestámo-nos até aos catorze... (há 19 anos)
Adorámo-nos dos catorze aos dezasseis... (há 17 anos)
Afastámo-nos dos dezasete aos vinte (há 13 anos)
Aproximámo-nos e foste o meu refúgio aos vinte e um.
E desde aí ficámos cúmplices de algo que nunca percebi.
Quando o telefone raramente toca é um S.O.S. camuflado.
E está sempre alguém desse lado.
Já viste há quanto tempo fazes parte de mim?
Obrigada por estares sempre aí.
Beijos enormes maninho!!!
KIPITE
"dream me up Scotty" diz:
keep it simple... keep it true... but most of all.. KEEP IT
(com as devidas autorizações do DM up Scotty)
Muito ou pouco, nunca nada
Ontem, em visita às ruínas do Teatro Romano de Lisboa, enquanto ouvia a arqueóloga nas suas explicações, voltei a sentir o mesmo fascínio que sentia quando tinha catorze anos. Arqueologia...
Memorizei o nome da arqueóloga - Lídia Fernandes. Enquanto a ouvia nos seus relatos, e nos raríssimos momentos em que me dispersava, pensava o quão bom seria ouvir aquelas histórias, aquelas explicações, sentada em sofás numa tertúlia nocturna interminável. Fascinante...
De facto, nem sei porque segui Gestão... Não é que não goste, se formos mesmo a ver, gosto de tudo... mas há tantas outras coisas das quais gosto mais...
Encher
"Preciso de um livro!"
Meti-me no carro com a minha princesa e fomos à Fnac.
Comprámos dois.
sábado, 29 de setembro de 2007
zigazig ha
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Abraça-me !!!
Sem qualquer palavra no ar
Sem nenhuma obrigação de falar
Deixa-me ficar assim parada
esquecida, perdida num momento
e permite-me chorar
Preciso de chorar em silêncio
Preciso de um ombro onde me encostar
É só isso...
Um cair de lágrimas terno
Um ombro cumplice
e um silêncio a aconchegar...
É só isso...
Mais nada...
Sem soluçar...
Depois tudo irá passar...
Só preciso de me limpar...
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
A Cerimónia
Gritinhos, risinhos, gargalhadas, alegria, timidez, um turbilhão de passinhos pequenos a correr, um incalculável e interminável barulho de crianças a mexer. De forma desorganizada encheram o palco do mundo de cor e movimento. Não conseguiam ficar paradas e as suas vozes excitadas inundavam a plateia do mundo de sorrisos.
Chegou o minuto para o qual tinham ensaiado em segredo. Umas mais crescidinhas começaram a dizer baixinho e em cadeia:
"Shiuuuu! É agora o nosso momento!"
Há medida que os Shiuuu's percorriam o palco do mundo, iam dando as mãos, e criando uma autêntica via láctea de crianças.
Os Shiuuu's começaram a ser cada vez mais silenciosos e o palco começou aos poucos a ficar sem movimento.
Grupo por grupo, em todas as linguas começaram todas a dizer:
"E a maior maravilha de sempre do mundo é..."
(...)
" And the world best wonder ever is..."
E assim que o último grupo terminou, sorriram.
A plateia do mundo, expectante com a tão anunciada grande maravilha de mundo, ficou parada a aguardar o tão ansiado momento. Um por um, não conseguindo evitar o sorriso silencioso que iluminava as caras de todas as crianças do mundo, começaram a sorrir. Começaram a olhar para os espectadores ao seu lado e a sorrir. Os sorrisos tornaram-se em abraços, e aos poucos os dedos das mãos foram-se entrelaçando.
A maior maravilha de sempre ecoou no coração de todos, no meio da maior sala de espectáculo do mundo sem ser necessária uma única palavra.
O Sorriso.
Gatos, casas e afins
Adora gatos e mais ainda gatinhos (eu sou mais cães) e principalmente adora os gatos da tia.
Hoje enquanto combinávamos uma sessão de baby-sitter da tia aqui em casa, colocou-se a questão do baby-sitter dos gatos da tia. Apenas uma única reacção a choramingar e a soluçar:
"Eu... não quer... os gatos qui em casa... Eles estragam.. casa... minha!"
Teria eu menos um ano e perguntava aos meus pais, no meio de lágrimas, quem ficava com a casa se eles morressem. Ok... eu era mais drástica! [riso] . Mas com o passar do tempo até nem me saí mal. De egoísmo nem tenho muito...
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Oiçam... sintam...
domingo, 23 de setembro de 2007
Já é segunda...
Fim-de-semana para último "revival" de férias...
Sem horários, sem pressas, sem relógio, sem vontade alguma de voltar...
Uma última tentativa de encontrar as forças que há três dias não tinha...
As forças? Não as recuperei, porque não as encontrei...
Agora tenho de as arranjar aonde elas parecem não existir.
Não tenho outra forma que não resistir. Não vou desistir.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Conversa silenciosa
Nada ouvi...
Fechei os olhos, enrosquei-me e parei
Aninhei-me no meio do silêncio
e senti o meu coração bater
- Ei... Estás aí?
sabes? começou-me a falar baixinho:
- Ainda estou aqui, ainda bato por ti. Sempre que sonhares, sempre que acreditares que os teus sonhos têm um não sei o quê de possível... bato por ti!
E se não me quiseres ouvir, se me colocares barreiras nos teus sonhos que também são os meus eu juro que disparo! Farei tudo para te mostrar que sou teu, vivo por ti e para ti, alimento-me dos teus sonhos e vivo para te ajudar a lutar para os seguir.
Se eu adormecer tal como agora, acorda-me, espicaça-me, lembra-me da minha razão de existir, lembra-me que pertenço a ti, lembra-me de não desistir.
Eu bato por ti, mas de tantas vezes disparar por não me quereres ouvir fico cansado e definho. Fico tão pequenino....
Também eu preciso de ti...
Também eu preciso de sonhar e de ter por que lutar.
Tinha saudades tuas....
vai parando de vez enquando tal como agora, ouve-me e também tu bate por mim.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Caçadora de Sonhos
Escondi nos teus caracois,
A estrela mais bonita, que eu já vi
Eu cresci com um encanto,
De ser caçador de sois,
Eu já corri tanto, tanto para ti
Fui um principe encantado
Montado nos teus joelhos,
Um eterno enamorado, a valer
Lancelot de algibeira,
Mas segui os teus conselhos
Para voltar à tua beira
E ser o que eu quiser
Os teus olhos foram esperança
Os meus olhos girassois
Fomos onde a vista alcança da nossa janela
Já deixei de ser criança e tu dormes à lareira
Ainda sinto a minha estrela nos teus caracóis"
Conversas com Crist II
e hoje depois de lá estar a racionalidade começou a perder um pouco do seu lugar, tudo porque me doi ver aqueles de quem gosto feridos, magoados e sem saber o que aí vem.
Ainda há pouco no trânsito pensava "porra! isto é mau, mas há coisas tão piores", mas o coração insurgia-se e só me lembrava dos olhos e das lágrimas de hoje de manhã e de todos os pontos de interrogação sobre todas as cabeças durante todo o dia...
Só me apetece dar mimo e carinho... não suporto ver olhos queridos perdidos.
Juro que me passou pela cabeça que se eu fosse pelo mesmo caminho seria um alivio para mim. Mas não posso pensar assim, não posso menosprezar tudo aquilo que (ainda) agora tenho.
Confesso-te que muito embora esteja a ser forte, e sei que o estou a ser, me sinto... perdida.
Não quero mimo, nem carinho, apenas não quero ter que acreditar sozinha.
Apenas não quero sentir-me forte sozinha.
Só me apetece abraçar todos... e sem dizer nada, porque não há nada que possa dizer que mude as coisas, no silêncio descansá-los um bocadinho...
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Monólogo com Crist
Imagino q estejas offline por estares ao telefone, sei lá...
mas escrevo só para te dizer olá e para me distrair desta minha cabeça a rebentar
Ainda não chorei e acho q não o vou fazer, não sei... sou mt imprevisivel...
estou a ser muito racional e sobretudo a acreditar, mesmo que tudo o que se passou hoje me diga para não o fazer
Acredito que eles vão ficar bem, que se calhar até vai ser melhor... afinal de contas este ultimo ano tem sido super desgastante... e para as pessoas de coração aberto as coisas tendem a bater certo...
não me preocupo comigo pessoalmente... o que tiver de ser será...
mas vejo um ciclo a terminar e já estou cheia de saudades
preocupa-me o que aí vem, mas fujo de pensar nisso...
o coração diz-me "deixa rolar, deixa a poeira assentar, depois para e começa a observar"
não pode ser tudo mau, não é?
nessa altura vou olhar à minha volta, para mim e ver se me encaixo neste lugar que hoje não parece meu
as coisas vão mudar, eu sei...
não sei se para melhor ou não...
mas vou continuar a acreditar...
quando deixar?
fui...